Investigação

Defesa alega 'problemas psicológicos', mas STJ nega segredo de justiça para Meira

O pedido foi negado pelo ministro Jorge Mussi, responsável pelo caso

Maria Eduarda Bravo
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Maria Eduarda Bravo
Publicado em 02/07/2019 às 9:09 | Atualizado em 07/03/2020 às 2:18
Foto: Bruno Campos/TV Jornal
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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) indeferiu nessa segunda-feira (1º) o pedido da defesa do prefeito afastado de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), para que seja decretado segredo de justiça no processo em que solicita a liberdade do antigo gestor. No pedido, a defesa afirmava que Meira sofreria de "problemas psicológicos" e que o processo contém documentos que atingem diretamente a intimidade do petebista. 

"O processo contém documentos relacionados ao seu estado de saúde e que atingem diretamente a sua intimidade, razão pela qual deveria ser decretado o seu sigilo”, disse os advogados em documento encaminhado ao Blog de Jamildo

Foto: Bruno Campos/TV Jornal
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Já o ministro Jorge Mussi, responsável pelo deferimento, o "requerente está sendo investigado pela suposta prática de crimes no exercício do mandato, havendo inquestionável interesse público na publicidade das razões pelas quais requereu a revogação de sua prisão preventiva, bem como dos fundamentos fáticos e jurídicos que ensejaram a decretação da medida extrema na origem e a sua manutenção em sede cautelar por este Superior Tribunal de Justiça”, disse o ministro do STJ", dizia um trecho da decisão. 

O processo segue no STJ, tendo sido solicitadas informações ao desembargador do Tribunal de Justiça do Estado (TJPE), que decretou a prisão de Meira. Ainda, foi solicitado no Tribunal um parecer do Ministério Público Federal (MPF).

Demóstenes Meira foi preso por práticas de organização criminosa, fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro. Atualmente, o gestor segue preso no Cotel e a vice-prefeita, Nadegi Queiroz, assumiu a Prefeitura de Camaragibe em seu lugar. 

 

Rompimento

Eleita vice-prefeita na chapa que elegeu Demóstenes Meira prefeito nas eleições de 2016, a ginecologista Nadegi Queiroz anunciou pelo seu Facebook o rompimento com o petebista apenas 24 dias após tomar posse no cargo e acumular o comando da Secretaria de Saúde. Ela alegou discordar com a condução da gestão de Meira em relação aos convênios e contratos da prefeitura e o fechamento do Hospital Aristeu Chaves.

"Eu estava afastada da gestão desde de janeiro de 2017. Eu passei 24 dias com Meira porque não concordava com o estilo de administração que ele vinha impondo. Eu não concordava com nada daquilo. Então, eu não consigo dizer absolutamente nada porque eu não estava de dentro da gestão. Tudo que eu sei é pela mídia", disse em referência à prisão do prefeito hoje afastado.

"Em não concordando, ele não concordou com a minha permanência e inventou uma série de situações para me tirar da secretaria. Então eu entreguei meu cargo", emendou.

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