ITAPISSUMA

Após suspensão de mandatos, Secretária assume prefeitura de Itapissuma administrativamente

O prefeito, a vice-prefeita e o presidente da Câmara tiveram o exercício de seus cargos suspensos em operação policial

JC Online
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Publicado em 20/12/2019 às 18:00
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Zé de Irmã Teca retornará à Prefeitura de Itapissuma nesta terça-feira (2) - FOTO: Foto: Reprodução/Google Street View
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A Secretária de Administração de Itapissuma, Aldineide de Lima Souza, assimiu a administração da Prefeitura Municipal da cidade, após uma operação da Polícia Civil ter suspendido, nessa sexta-feira (20), o exercício do cargo do prefeito, José Bezerra Tenório Filho, conhecido como Zé de Irmã Teca (PSD); da vice-prefeita, Elionilda José de Santana (PP), e do presidente da Câmara de Vereadores, Jefferson Telles Alves Carneiro de Albuquerque, conhecido como "GG de Zé Antônio" (PSDB). O primeiro secretário da Câmara, Nivaldo Vicente da Silva (PMN), e um vereador também estiveram entre os alvos.

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A escolha se deu, segundo o Procurador do Município de Itapissuma, com base na Lei Orgânica do município, que garante que, em caso de "impedimento do prefeito continuar no cargo, assumirá a vice-prefeita; em caso de impedimento desta, assumirá o presidente da Câmara Municipal em exercício; havendo também impedimento deste, assumirá os atos administrativos o 1º secretário da Câmara e, na sua impossibilidade, o Secretário de Administração do município, não podendo estes exercer atos de governo, e sim, atos administrativos".

Neste domingo (22), no entanto, o ex-presidente da Câmara Municipal de Itapissuma Jean Carlos Alves dos Santos foi eleito, por unanimidade, para voltar ao cargo neste domingo (22). Assim, o vereador assumiu a prefeitura da cidade. A sessão extraordinária foi convocada após a cúpula da administração municipal e do Legislativo ter sido afastada na Operação Dragão do Mar, deflagrada pela Polícia Civil na última sexta-feira (20).

Operação 'Dragão do Mar'

A ação da Polícia Civil, ligada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Diresp, visa combater uma organização criminosa responsável pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, frustração de direito assegurado por Lei Trabalhista, dispensa e inexigibilidade de licitação fora das hipóteses legais, organização criminosa em concurso de agentes e em continuidade delitiva, além de crime de responsabilidade.

Medidas cautelares

Além dos mandados de suspensão do exercício do cargo eletivos, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão domiciliar, 12 de afastamento da função pública, uma quebra de sigilo bancário e a suspensão do programa “Frente de Serviço". As medidas cautelares foram expedidas pelo desembargador Alexandre Guedes Alcoforado Assunção.

O delegado titular da Diretoria Integrada Especializada (Diresp), Jean Rockfeller, afirmou que a Polícia Civil chegou a pedir a prisão dos suspeitos, mas o pedido foi negado pela Justiça. "Solicitamos a prisão de todos os alvos da operação, mas o Poder Judiciário entendeu que ainda não era preciso prender os suspeitos", disse.

Além disso, os investigados estão proibidos de manter contato com as testemunhas. Para cumprir as ordens judiciais, a "Dragão do Mar" conta com a atuação de 156 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães.

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