O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), defendeu o pragmatismo quando se trata da disputa pela Prefeitura do Recife nas eleições municipais. Para o deputado, que também é pré-candidato, a oposição deve ter maturidade para entender que o seu principal objetivo deve ser derrotar o PSB no pleito.
Por isso, Marco Aurélio afirmou que caso a deputada federal Marília Arraes (PT), que busca se consolidar como a candidata do PT no Recife, vá para o 2º turno contra o PSB, que deve ter o deputado federal João Campos (PSB) como seu candidato, ele apoiaria a petista.
"Eu sou oposição, independentemente do partido de Marília, ela é oposição. Se ela conseguir ir para o segundo turno, eu não tenho como justificar o meu voto para o meu eleitor, votar em João Campos. Eu não posso votar branco nem nulo, porque politico que ficam em cima do muro tem vida curta, então se acontecer um segundo turno com Marília, eu certamente irei votar nela", disse o oposicionista.
O deputado disse que continua pré-candidato e reafirmou a sua defesa de múltiplas candidaturas de oposição, sendo três o número ideal, segundo ele. "Tem que entender que o nosso adversário é comum e a oposição tem que sentar e combinar o jogo para que a gente possa levar a eleição no segundo turno", disse.
Além de Marília, ele considerou a delegada Patrícia Domingos como outra candidata, a quem classificou como "outsider". "Porém, se ela continuar sendo uma outsider durante todo o processo eleitoral, ela não ganhará a eleição. Para ganhar eleição ela precisa vir fazer política. Se eu enxergar que ela quer fazer a boa política, eu não vou ter dificuldade nenhuma de apoiar ela", afirmou.
"Restaria mais uma (candidatura), que eu não sei quem seria, a gente tem que sentar todo mundo e dizer vamos trabalhar, ai a gente se divide e vamos pra rua e quem for para o segundo turno disputa com João Campos", completou Marco Aurélio.
Candidatura única
O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) defendeu, durante debate na Rádio Jornal nesta sexta-feira (31), a unidade do grupo de oposição nas eleições municipais do Recife, sem uma personificação em torno dos candidatos que se apresentam, para combater o que ele chamou de "dinastia do PSB".
"A gente busca unidade para ter um candidato que vá ao segundo turno e vença. A vitória não é pessoal, não é de Daniel, não é de Mendonça, tem que ser a vitória do Recife que quer mudar, do Recife que não aceita uma dinastia do PSB, uma dinastia familiar, um segundo turno de dois primos", disse o deputado.