Retrospectiva

Mergulho em tanque de adutora e críticas a Lula: Relembre polêmicas envolvendo Cid Gomes

O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado nesta quarta-feira (19) após ter avançado contra um bloqueio de policiais militares com uma retroescavadeira

JC Online
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Publicado em 19/02/2020 às 21:03
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O senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado nesta quarta-feira (19) após ter avançado contra um bloqueio de policiais militares com uma retroescavadeira - FOTO: Foto: Reprodução/Facebook
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O senador Cid Gomes (PDT-CE), baleado nesta quarta-feira (19) durante um protesto de policias militares em Sobral, interior do Ceará, é conhecido por colecionar uma série de polêmicas ao longo da sua carreira política. Após tentar furar um bloqueio no protesto dirigindo uma retroescavadeira, ele levou um tiro de arma de fogo, segundo informações da assessoria.

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"Lula tá preso"

Em outubro de 2018, as vésperas do segundo turno das eleições presidenciais entre Jair Bolsonaro (Sem partido) e Fernando Haddad (PT), Cid Gomes participou do lançamento da campanha pró-Haddad no Ceará. Em seu discurso, ele cobrava um "mea culpa" por parte do PT, quando a militância presente na plateia começou a gritar o nome do ex-presidente Lula, preso em Curitiba na época. O senador, então, rebateu: "O Lula tá preso, babaca". 

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"Isso é para perder a eleição e é bem feito. Vão perder feio porque fizeram muita besteira", disse Cid ao ver um dos militantes fazer um gesto negativo com o polegar. 

Demissão do Ministério

Em março de 2015, Cid Gomes era ministro da Educação no governo de Dilma Roussef. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos na Câmara dos Deputados por ter declarado, durante evento da Universidade Federal do Pará (UFPA) que no Congresso Nacional havia "300 a 400 acachadores". "Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, dele, aprovarem as emendas impositivas", disse Cid. 

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No Câmara, ele pediu desculpas, mas reafirmou o que havia dito anteriormente. "Eu não tenho como negar aquilo que pessoalmente, num ambiente reservado, num contexto, falei na sede, no gabinete do reitor", disse. Após um bate-boca com os parlamentares, ele saiu do Congresso em direção ao Palácio do Planalto, onde pediu demissão do seu cargo para a presidente. 

Mergulho

Em dezembro de 2013, quando era governador do Ceará, Cid Gomes mergulhou no tanque da Adutora de Itapipoca, município do interior do Ceará, na tentativa de fechar uma válvula de escape da adutora. Itapipoca foi uma das 178 cidades do Ceará que sofriam com a falta de água e decretaram estado de emergência por conta da estiagem. Os moradores do município estavam sem água devido à falhas nas obras da adutora. 

Com a repercussão do vídeo que o mostrava mergulhando no tanque, Cid Gomes afirmou, em sua página do Facebook, que "iniciativas para estimular a equipe" eram fundamentais, referindo-se a equipe que trabalhou na obra da adutora de Itapipoca. 

Por amor

Em meio a uma greve dos professores da rede pública do Ceará por aumento de salário, a categoria atribuiu a ele uma fala em que afirmou que "professor tem que trabalhar por amor". 

Questionado pela imprensa na época sobre as suas declarações ele minimizou a questão. “Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público", disse. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública", finalizou. 

A repercussão do caso rendeu até outdoors na capital Fortaleza ironizando a fala de Cid Gomes: Amor substitui salários. Cid, doe seu salário e trabalhe por amor". 

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