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Após críticas do presidente a Fernando de Noronha, Flávio Bolsonaro desembarca no arquipélago

O filho do presidente Jair Bolsonaro terá agendas ao lado do ministro Ricardo Salles e do presidente da Embratur, Gilson Machado Neto

Cássio Oliveira
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Cássio Oliveira
Publicado em 28/02/2020 às 12:32
AGÊNCIA BRASIL
Flávio Bolsonaro é investigado por suposto esquema de "rachadinha" - FOTO: AGÊNCIA BRASIL
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O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, desembarcou em Fernando de Noronha, na manhã desta sexta-feira (28), acompanhado de sua esposa, Fernanda Antunes Figueira, para um final de semana de descanso antes de duas agendas políticas que irão acontecer no arquipélago na próxima segunda-feira (2).

Flávio foi recepcionado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado Neto, e à tarde, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também deve chegar para fazer parte da comitiva. Na segunda-feira, o grupo irá inaugurar um ponto de Wi-Fi, além do segundo acesso à praia do Sancho.

A visita de Flávio acontece um mês depois de seu pai fazer críticas às taxas cobradas em Fernando de Noronha. De acordo com o presidente, o turista que visita o arquipélago 'vai ser escalpelado'. "Você vai ser escalpelado em Fernando de Noronha. Vão tirar o teu escalpo em Fernando de Noronha. Toma cuidado, liga antes. É 200 'merreis' para ir na praia, 200 reais para ir na praia. Não pode isso, não pode aquilo. É multa para tudo que é lado. Virou um paraíso para o pessoal que resolveu tomar para si Fernando de Noronha", declarou Bolsonaro durante uma transmissão ao vivo no Facebook em janeiro de 2020.

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O presidente também fez críticas sobre a energia do local. "O que eu sei sobre Fernando de Noronha: tinha lá uma torre para energia eólica. Um dia um cara da ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade] passou por lá e viu um passarinho morto, o que gerou grande comoção. Bem, [por causa disso], não tem mais a torre, a energia agora é outra, térmica", criticou.

A taxa de R$ 222 é cobrada a turistas estrangeiros para ter acesso ao Parque Nacional Marinho, sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio). Ela dá direito de visitar o local por dez dias. Em julho de 2019, o presidente já havia questionado o valor. Mesmo assim, o ingresso foi reajustado em novembro. Os serviços turísticos do parque são terceirizados. A cobrança é feita por uma empresa concessionária, a Econoronha, que venceu uma licitação. Para turistas brasileiros, o valor é de R$ 111. A informação de bastidor é que Flávio chegou como civil, pagando taxas e sem pedir nenhuma isenção pelo cargo que ocupa.

Não há com a comitiva nenhum representante do Governo do Estado. De acordo com a assessoria do governador Paulo Câmara (PSB), que faz oposição a Bolsonaro, a confirmação do evento ainda não chegou ao Palácio do Campo das Princesas, mas, caso seja confirmado, um representante do governo estadual será enviado.

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Padrinho

Também nesta sexta-feira (28), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, oficializou a substituição do secretário especial do Esporte, general Décio dos Santos Brasil. O cargo passa a ser ocupado por Marcelo Reis Magalhães, que foi padrinho de casamento do senador Flávio Bolsonaro.

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