SAÚDE

Leitinho bom pra memória

Suplemento renova o tratamento de pacientes em fase inicial de Alzheimer, doença sem cura que já acomete 1,2 milhão de brasileiros. Composto promove a formação de conexões celulares cerebrais, comprometidas quando a doença se instala

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 17/08/2013 às 13:00
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Suplemento renova o tratamento de pacientes em fase inicial de Alzheimer, doença sem cura que já acomete 1,2 milhão de brasileiros. Composto promove a formação de conexões celulares cerebrais, comprometidas quando a doença se instala - FOTO: Igo Bione/JC Imagem
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À primeira vista, a gente tem a ideia de que a doença de Alzheimer é aquela que apaga a memória e ponto final. Mas não é só isso. A enfermidade, que acomete cerca de 25 milhões de pessoas em todo o mundo (1,2 milhão só no Brasil), compromete também a linguagem, a capacidade de executar atividades no dia a dia, a orientação no tempo e no espaço.

E mais: boa parte dos pacientes também manifesta sintomas comportamentais, como apatia, depressão e agressividade. Por todas essas facetas da doença, pesquisadores aceleram o passo para desenvolver alternativas que possam, pelo menos, deter ao máximo a progressão da enfermidade – ainda incurável.

Nesse sentido, bateu entusiasmo numa porção de médicos que participou recentemente, em Boston (EUA), do Congresso Internacional sobre Doença de Alzheimer (AAIC, na sigla em inglês). Durante o evento, os olhos se voltaram para um composto nutricional com ingredientes que prometem contribuir com a manutenção da integridade e função das células cerebrais, que podem se deteriorar com o envelhecimento.

O suplemento alimentar (uma bebida com sabor baunilha comercializada pela Danone Medical Nutrition) recebe o nome de Souvenaid. Já disponível em farmácias e lojas de produtos médico-hospitalares brasileiras, o composto deve ser prescrito por médico ou nutricionista.

Os estudos que avaliaram a bebida não têm cara de balela. “Esse composto de nutrientes com ação medicamentosa foi analisado por um grupo de cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Os testes realmente comprovam que Souvenaid pode melhorar os lapsos de memória de quem convive com a doença de Alzheimer em fase leve”, informa o geriatra Alexandre de Mattos, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco (FCM/UPE).

Ele participou do AAIC e ressalta que a bebida não oferece benefícios nos estágios moderado e avançado da enfermidade. Eis a explicação: o produto dá uma mãozinha à formação de sinapses (conexão entre as células do cérebro), que geralmente são injuriadas na fase inicial de Alzheimer. O maior porém de toda essa história é o preço: o cartucho com quatro frascos sai por R$ 50. O custo é alto para um benefício modesto. Mas o pouco benefício já é alguma coisa diante de uma doença que requer mobilização terapêutica o mais cedo possível.

Leia a matéria completa no caderno Arrecifes deste domingo (18/8)

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