HISTÓRIA

Província Franciscana inicia conservação de acervo no Recife

Equipe já identifica, limpa e organiza materiais de quatro séculos

Eugênia Bezerra
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Eugênia Bezerra
Publicado em 05/10/2014 às 7:08
Michele Souza/Divulgação
FOTO: Michele Souza/Divulgação
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Quem passa pela Avenida Dantas Barreto não tem ideia do gigantesco trabalho que está em andamento no Edifício Santo Antônio - algo diferente do que ocorre nos espaços comerciais do prédio. Mas isso não deve durar muito, pois é lá que uma equipe tem se dedicado a identificar e organizar o acervo acumulado durante séculos por membros da Província Franciscana de Santo Antônio do Nordeste do Brasil. O material será disponibilizado para pesquisadores, através de terminais com acesso ao banco de dados, após a conclusão das duas etapas iniciais (a previsão é que isso ocorra em 2015). O projeto também prevê a montagem de uma exposição e o lançamento de um documentário sobre o tratamento do acervo.

O pai da iniciativa é o coordenador de Patrimônio da Província Franciscana, frei Roberto Soares de Oliveira. Ao ter contato com as raridades guardadas em vários conventos, o historiador teve a ideia de reuni-las para este processo, que inclui a restauro e conservação. "O arquivo franciscano já existia, funcionava nos conventos. Criamos este projeto para facilitar o acesso para pesquisa e organizar tudo neste espaço de seis salas. Houve interesse de todas as províncias em colaborar", lembra o frei.

A proposta foi uma das 134 contempladas pelo Programa Petrobras Cultural de 2012, dos 4.309 inscritos. Entre os escolhidos, há outro representante pernambucano, o Instituto Dom Hélder Câmara, com o projeto Preservar e Divulgar a Memória Documental de Dom Hélder.

"Esta iniciativa serve de exemplo não só para outras ordens coloniais, mas também para todas as instituições eclesiásticas, sobre a valorização de tudo que está escrito em papel. Quando se fala em patrimônio, as pessoas lembram das construções, mas esta outra parte também é importante. Se a gente não der valor a essa memória, não tem história completa. Este projeto fala sobre a importância da memória que está em folhas de papel", afirma Débora Mendes, coordenadora do projeto.

Michele Souza/Divulgação
Parte da equipe trabalha na limpeza dos livros no laboratório de restauro - Michele Souza/Divulgação
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Os livros começam a ser organizados nos arquivos, identificados provisoriamente com papéis como este - Michele Souza/Divulgação
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Esta Bíblia é um dos antigos achados - Michele Souza/Divulgação
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Muitas fotografias já passam pelo processo de identificação - Michele Souza/Divulgação
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Negativos em vidro, slides e muitas fotos impressas foram encontradas - Michele Souza/Divulgação
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Estes slides eram usados na catequese - Michele Souza/Divulgação
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Também fazem parte do acervo LP's (na primeira prateleira) e filmes em película - Michele Souza/Divulgação
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O texto completo está no JC Mais deste domingo (5/10), no Jornal do Commercio.

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