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Lanchas caem no gosto dos pernambucanos

Conforto, praticidade e luxo estão entre os atrativos que levam as pessoas a investirem

Amanda Tavares
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Amanda Tavares
Publicado em 12/04/2015 às 14:59
Acervo pessoal
Conforto, praticidade e luxo estão entre os atrativos que levam as pessoas a investirem - FOTO: Acervo pessoal
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 Maria Farinha, Pontal de Itamaracá, Coroa do Avião, Ilha de Santo Aleixo, Prainha são exemplos de belas praias do litoral pernambucano que estão relativamente perto da capital. De carro, as viagens duram, em média, de uma a duas horas. Mas muitos frequentadores, atualmente, têm optado pelo trajeto marítimo, feito praticamente no mesmo intervalo de tempo. Entre os atrativos que levam as pessoas a escolherem as lanchas estão detalhes como conforto, praticidade e luxo. Características das cidades do Grande Recife, como clima tropical e diversas opções de destinos, levam cada vez mais gente a aderir à moda.

Nos finais de semana e feriados ensolarados é comum encontrar essas praias lotadas de lanchas. Das mais simples, pequenas e abertas, que levam de 10 a 12 pessoas, às maiores, com capacidade para 18, 20 frequentadores e onde é possível até pernoitar, já que os equipamentos possuem estrutura de casa, com quartos, banheiros, sala, cozinha. “Cresci frequentando o Cabanga Iate Clube. Acostumado a velejar. Agora optei pela lancha por ser mais prático. E por poder escolher um modelo com capacidade para até 12 pessoas, com área interna e externa”, afirma o empresário João Marinho, que costuma passear na sua lancha de 46 pés, com os filhos e amigos, sempre aos finais de semana. “Tenho amigos e clientes turistas estrangeiros que levo para conhecer nossas praias. A reação deles é sempre de encantamento. Todos aprovam o passeio e elogiam muito”, conta Marinho, que também realiza passeios noturnos com destino aos bares e restaurantes dos Armazéns do Porto, no bairro do Recife.

Em dezembro de 2013 o administrador de empresas Eduardo Godoy resolveu investir, com mais três amigos, numa lancha de 25,5 pés. “Recebemos no início de 2014 e, desde então, sempre utilizamos muito. Dividimos as despesas com marina e manutenção da lancha e nos revezamos nos passeios entre os finais de semana. Nunca houve problema em relação à divisão dos custos, nem dos passeios. Pelo contrário, durante vários finais de semana, um liga convidando o outro e acabamos seguindo juntos”, declara.

De acordo com o proprietário do estaleiro pernambucano Ecomariner, José Pinteiro Júnior, é comum amigos ou familiares se juntarem para investir numa lancha, que pode custar entre R$ 35 mil e R$ 2 milhões ou até mais. “O preço não depende somente do modelo, mas também dos acessórios que o cliente vai escolher. Existem opções de instalação de som, ar-condicionado, churrasqueira e até móveis”, explica.

É imprescindível, para quem decide fazer o investimento, calcular também os custos com manutenção, aluguel de marina, combustível, marinheiro (alguns, além de conduzir o barco, prestam serviços de churrasqueiro e limpam o equipamento). “Há lanchas que precisam de revisão a cada 100 horas de uso, outras a cada 300 horas. O consumo de gasolina ou diesel vai depender do modelo e da distância a ser percorrida. Quanto ao marinheiro, a maioria das pessoas prefere contratar e pagar a diária, que custa a partir de R$ 150. Mas há quem contrate um funcionário fixo”, afirma Pinteiro.

Eduardo Godoy afirma que, em média, na sua lancha, o custo de cada passeio é de R$ 550 com gasolina e marinheiro, além de alimentos e bebidas. “Em relação a comida e bebida o valor varia muito porque, às vezes, levamos o que vamos consumir. Outras vezes preferimos procurar um restaurante quando chegamos ao destino”, detalha. “Mas, de todo jeito, vale muito a pena. O passeio é divertido e não é cansativo. Normalmente vamos para praias próximas à capital, aproveitamos muito o dia. Se eu tivesse uma casa de praia, gastaria muito mais e teria muito mais trabalho”, compara.

“Algumas pessoas gastam o mesmo valor ou até mais para comer em bons restaurantes. Vai da preferência de cada um. Se você avaliar que sentirá prazer e que a atividade trará um retorno em relação a lazer, conforto e qualidade de vida, não achará caro”, declara José Pinteiro Júnior.

Para aproveitar o passeio com segurança, é necessário seguir algumas regras de navegação: acompanhar a previsão do tempo e consultar a tábua de marés é fundamental. Dentro da embarcação, deve-se fazer uma inspeção rigorosa e verificar se todos os equipamentos necessários estão à disposição: material de combate a incêndios, coletes salva vidas, bem como rádio e registro. Além disso, é bom verificar o funcionamento das luzes de navegação, a condição de carga das baterias e o nível de óleo do motor e combustível. Antes de dar partida ou acelerar a lancha, deve-se certificar se todas as pessoas estão sentadas e longe das bordas do barco. Isso evita uma possível queda na água durante as oscilações. A lancha deve ser mantida a uma distância de 200 metros das praias (a menos que precise embarcar ou desembarcar alguém), pois as praias costumam ficar cheias de banhistas.

 

 

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