LA ROMANA

Clima medieval em pleno Caribe

Altos de Chavón simula vila italiana renascentista dentro do complexo de luxo Casa de Campo

Mona Lisa Dourado
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Mona Lisa Dourado
Publicado em 06/09/2012 às 12:12
Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
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A meio caminho entre a capital, Santo Domingo, e o balneário de Punta Cana, a República Dominicana abriga uma inusitada aldeia medieval do século 16. Povoado construído à mão, Altos de Chavón simula uma antiga cidadela da Itália renascentista, com ruas de pedra e casas de terracota, pontuadas por elementos em madeira e ferro.
O lugar é um capricho dentro do complexo de luxo Casa de Campo, na região conhecida como La Romana. Está numa área elevada, a 90 metros do Rio Chavón, paisagem espetacular que ficou famosa quando se rodaram ali várias cenas do filme Apocalipse now.

A vila foi desenhada em 1970 pelo cineasta italiano Roberto Coppa e demorou cinco anos para ser construída, com a colaboração de Dino de Laurentiis, Frederico Fellini e Frank Sinatra. Ao cantor norte-americano, coube inaugurar com um show memorável, em 1982, o anfiteatro em estilo grego com capacidade para cinco mil pessoas. Por ali, também já se apresentaram nomes como o célebre guitarrista mexicano Carlos Santana.

Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
Rio Chavón - Casa de Campo - Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
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Altos de Chavón - Casa de Campo - Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
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Museu - Altos de Chavón - Casa de Campo - Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
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Museu - Altos de Chavón - Casa de Campo - Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC
Anfiteatro - Altos de Chavón - Casa de Campo - Foto: Mona Lisa Dourado/Espacial para o JC


A construção é só a mais grandiosa dentro do conjunto de equipamentos voltados para arte e cultura. Destaque para a escola de desenho afiliada à nova-iorquina Parsons e para a galeria de arte que recebe exposições internacionais. Outro atrativo imperdível é o museu arqueológico com peças autênticas dos índios taínos, primeiros habitantes da ilha. Também estão expostas gemas de âmbar – resina-fóssil transparente com incrustações de milhares de anos – e larimar, pedra azul só encontrada na República Dominicana. Para quem quiser levar uma lembrança, lá fora, artesãos vendem réplicas e joias com as pedras típicas, além de artesanato de todo o país.

Vindo de um ou outro extremo da ilha, em cerca de duas horas, o turista alcança Altos de Chavón de carro. Mas a maioria dos visitantes chega mesmo em jatinhos particulares ou voos exclusivos que desembarcam no aeroporto internacional administrado pela Casa de Campo. “No momento, estamos negociando um voo direto da Azul de Manaus para cá”, revela a gerente de relações públicas da Casa de Campo, Sarah Pelegrín.

Daí pode-se fazer ideia do nível de sofisticação do empreendimento de 28 km², que tem como condôminos o ex-presidente norte-americano Bill Clinton, a atriz e cantora Jennifer Lopez e o cantor dominicano Juan Luis Guerra (aquele famoso pela música Borbujas de amor, cantada no Brasil por Fagner). Pobres mortais que não dispõem de US$ 500 mil a US$ 20 milhões para comprar uma casa ali podem se contentar com um dos 185 quartos do resort integrante da luxuosa rede The Leading Hotels of the World. As diárias custam de US$ 295 a US$ 1.875 por pessoa.

Tanto hóspedes quanto moradores têm acesso a serviços exclusivíssimos. Isso significa campos de golfe como o Dog’s of the Teeth , clubes de tiro, cavalos para a prática de polo, clube de tênis, praia privada, marina, heliporto, spa ecoamigável, boates e 13 restaurantes. Entre eles, o La Caña, cujo menu é o mesmo do badalado bistrô Le Cirque, de Nova Iorque. Para refeições privadas, pode-se alugar cabanas na praia privativa, de onde também partem passeios para as ilhas Catalina e Saona.

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