Voo solo

Ida solitária, volta acompanhada

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, quem viaja sozinho não está fadado à solidão. Pelo contrário: novas e duradoura amizades podem surgir

Bárbara Buril
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Bárbara Buril
Publicado em 27/09/2012 às 13:04
Acervo pessoal
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, quem viaja sozinho não está fadado à solidão. Pelo contrário: novas e duradoura amizades podem surgir - FOTO: Acervo pessoal
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O viajante pode até pegar o avião sozinho, mas só fica desacompanhado durante a viagem se quiser. Existem formas especiais para encontrar pessoas abertas a conhecer outras, como hospedar-se em albergues ou acessar redes sociais direcionadas a mochileiros, como Couchsurfing (couchsurfing.org) e Colunching (colunching.com). A designer Célia Lins, 27 anos, prova que fazer amizade em viagens não exige muito esforço.

Quando tudo já estava planejado para o embarque a Buenos Aires, Célia descobriu que, por coincidência, haveria um congresso de design em Mar del Plata, cidade portuária na Argentina. “Entrei na comunidade do Orkut do evento para encontrar alguém disposto a dividir um quarto de hotel do congresso. Acabei conhecendo o Henrique, do Rio. Até hoje somos amigos”, compartilha.

A fotógrafa recifense Mari Patriota, quando viajou sozinha à Praia de Pipa (RN), encontrou uma amiga e companheira de trabalho, simultaneamente. “No albergue onde eu estava, conheci uma alemã que virou minha amiga e que agora está para trabalhar comigo no meu projeto fotográfico”, explica ela.

O Projeto Provador, idealizado por Mari, surgiu quando ela viajou sozinha pela primeira vez para a Indonésia. Lá, desenvolveu a ideia de fazer ensaios fotográficos sensuais de mulheres comuns, mas em ambientes diferenciados. Atualmente, o projeto tem novo intento: realizar viagem fotográfica com grupo de pessoas que não se conhecem.

Elas comprarão, em um só pacote, hospedagem e registro visual. A primeira viagem acontecerá no dia 12 de outubro, a Pipa. “O fato de as pessoas não se conhecerem vai deixar a viagem ainda mais interessante”, conta Mari, com empolgação. A ida solitária é segura, mas, pelo visto, a volta será acompanhada.

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