Cidade das flores, da dança, das bicicletas, dos príncipes. São vários os títulos, bem como os atrativos, da charmosa Joinville, a maior cidade e um dos principais destinos turísticos de Santa Catarina. Colonizada por alemães, suíços e noruegueses, é multi desde a origem. Não à toa são diversos os passeios obrigatórios na cidade. Não foi fácil, mas o Jornal do Commercio escolheu os seis principais.
Que tal começar o tour logo pela entrada da cidade? Lá está o primeiro ponto turístico que ajuda a explicar um dos títulos mais curiosos, o da cidade dos príncipes. Em 1843, a princesa Francisca, filha de D. Pedro I, se casou com príncipe francês François Ferdinand Philipe. A região onde hoje é a cidade foi oferecida como parte do dote da princesa. Cinco anos depois, o rei da França vendeu as terras para um alemão que iniciou o processo de imigração na região. Hoje, a influência germânica é vista em vários pontos inclusive no pórtico em estilo enxaimel, onde ao lado se situa o famoso moinho.
O nome de cidade da dança se justifica por ela orgulhosamente sediar a única filial do Teatro Bolshoi de Moscou, local da segunda parada. Inaugurada em 2000, a escola ostenta uma estrutura que vale a pena ser conhecida de perto. Outro fator que explica o título é o famoso Festival de Dança de Joinville, um dos maiores do mundo, que está sendo realizado neste mês de julho. Dando continuidade ao roteiro cultural, a sugestão é depois passar no Instituto Internacional Juarez Machado, um dos maiores artistas plásticos brasileiros, que fez de sua antiga casa uma grande galeria.
O quarto ponto visitado tem a ver com o inusitado título de cidade das bicicletas. O Museu da Bicicleta, único do gênero na América Latina, apresenta mais de 16 mil peças. Joinville assim ficou conhecida porque antigamente tinha quase uma bicicleta para cada dois habitantes, tamanha a paixão dos habitantes pelo meio de transporte. Após o museu, vale a pena conhecer o mais novo cartão postal da cidade para ter uma visão completa dela. Trata-se do mirante de Joinville, inaugurado em março deste ano.
Para conhecer o sexto e último ponto de Joinville é preciso pegar um caminho de nome auto-explicativo: Estrada Bonita. Entre as várias propriedades rurais do caminho, está a Agrícola da Ilha, um espaço surpreendente com lindas flores. Aliás, são elas as estrelas do outro grande evento de Joinville, a Festa das Flores, em novembro, o que explica o último título da cidade que faltava.
Pórtico de Joinville
O Pórtico é um dos maiores cartões-postais de Joinville. Por estar localizado logo na principal entrada da cidade é ponto de parada obrigatória para os turistas. Construído em estilo enxaimel, influenciado pelas culturas alemã e holandesa, foi inaugurado no dia 14 novembro de 1979. Ao lado do pórtico fica o famoso moinho, outro alvo constante dos cliques dos visitantes.
Agrícola da Ilha
Distante apenas oito quilômetros do centro de Joinville, a propriedade produz plantas de várias espécies, em especial a hemerocallis (popular lírio amarelo), proveniente da China e Japão. Porém, o espaço surpreende com vários outros atrativos como um lago artificial com carpas, um “jardim mágico” com experiências sensoriais e interativas, e uma belíssima capela.
Instituto Juarez Machado
Fundado por um dos grandes artistas plásticos do Brasil, o instituto funciona como centro de integração e motivação à produção cultural. O local é uma extensão da vida de Juarez, já que serviu de moradia para sua família. O instituto conta com quadros, desenhos, esculturas dele, mas também abre espaço para exposições de outros artistas brasileiros e estrangeiros.
Museu da Bicicleta
Na cidade das bicicletas, claro, que não poderia deixar de existir um espaço dedicado especialmente ao meio de transporte que desperta tanto amor entre os moradores. Inaugurado em 2000, o local é único do gênero em toda a América do Sul. São mais de 16 mil peças de todos os tamanhos, estilos e épocas, convidando o visitante a uma viagem no tempo. A mais antiga bicicleta é a italiana Volcite, de 1907.
Escola do Teatro Bolshoi
Única filial da mais respeitada escola de balé do mundo, a instituição de ensino conta com salas para aulas práticas e teóricas, estúdios de piano, biblioteca e espaços culturais. Os alunos recebem bolsa de estudo integral durante os oito anos de curso, alimentação, uniformes, transporte, assistência médica e orientação pedagógica.
Mirante
Inaugurado em março deste ano, ele está localizado no alto do Morro do Boa Vista, a 250 metros de altura, em meio à uma preservada área de Mata Atlântica. O local proporciona uma vista panorâmica da cidade, da Baía da Babitonga e de São Francisco do Sul. A estrutura em concreto armado conta com escadaria, elevador e tem capacidade para 40 pessoas.