Depois de quase 15 anos do anúncio da abertura do Parque Tecnológico de Eletroeletrônica de Pernambuco (Parqtel), ocorreu na terça-feira (22), com toda a pompa, a inauguração da sede administrativa do complexo. Secretários do Estado e da Prefeitura do Recife, deputados e o governador Eduardo Campos celebraram a abertura do Centro de Gestão Tecnológica e Administrativa do Parqtel. O local contará com laboratórios de design e eletroeletrônica, salas de reunião e auditório, além de uma incubadora de empresas.
Para montar a estrutura, estão sendo investidos R$ 12,9 milhões da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). “Queremos agregar valor ao que exportamos e deixar de comprar de fora o que é possível produzir no parque”, destacou o governador. Como diferencial do Parqtel, ele ressaltou ainda a parceria entre setor privado e universidades. “Vamos fomentar e apoiar projetos de ciência, tecnologia e inovação, ajudando as empresas a produzirem mais e melhor”, explicou.
E para complementar os projetos realizados nas design houses e nos laboratórios de circuitos integrados do Parqtel, deverá ser instalada em até cinco anos uma fábrica de circuito integrados. “A gente precisa ter uma flexi-fabri (de pequeno porte) para continuar o trabalho que será realizado no parque”, destacou o gestor do Parqtel e o superintendente de Projetos especiais e inovação da secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado Alexandre Stanford. A flexi-fabri será voltada para ambientes extremos, como plataformas de petróleo, onde há pressão e frio. O custo estimado da criação da fábrica é de R$ 147 milhões.
Mas não será de imediato que os empresários e pesquisadores poderão começar a desfrutar das instalações do Centro de Gestão Tecnológica e Administrativa do Parqtel. As salas ainda não estão totalmente equipadas e redes de internet não funcionam. Segundo Alexandre Stanford, a previsão é de que tudo esteja nos trinques em até seis meses.
Hoje, o parque soma nove empresas, oito estabelecidas fisicamente no Parqtel. “Estamos em negociação com outras cinco empresas que planejam entrar no parque tecnológico, entre elas a Ecosolar, que fabrica semicondutores de placas solares, e o setor de P&D da Elcoma”, diz Stanford. O parque tem um espaço total de 320 mil m² e capacidade para abrigar até 25 companhias, em 220 mil m².
Na nova sede administrativa também será instalado um escritório de Inovação para a proteção da propriedade intelectual e transferência tecnológica no ParqTel. “O intuito é formar uma rede que agregue as inovações de ciência e tecnologia de Pernambuco, para proteger nossas invenções”, disse Stanford.