10 anos

"O melhor ainda está por vir", diz Zuckerberg sobre o Facebook

Fundador da empresa celebrou o fato de poder conectar mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo

Renato Mota
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Renato Mota
Publicado em 05/02/2014 às 10:31
MANJUNATH KIRAN / AFP
Fundador da empresa celebrou o fato de poder conectar mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo - FOTO: MANJUNATH KIRAN / AFP
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O Facebook, maior rede social do mundo, comemorou na terça-feira sua primeira década, "uma viagem incrível", declarou seu fundador, Mark Zuckerberg, que celebrou o fato de poder conectar mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo.

"É o décimo aniversário do Facebook. Tem sido uma viagem incrível até agora e sou muito grato de fazer parte dela", escreveu Zuckerberg, de 29 anos, em seu perfil na rede social. "É raro conseguir ter impacto na vida de tantas pessoas", acrescentou.

A rede social online, que com o tempo se tornou a maior do mundo, teve originem em um quarto na Universidade de Harvard, em janeiro de 2004, com a criação do "TheFacebook", um site de relacionamentos voltado para os alunos da universidade, que rapidamente se expandiu para outras faculdades.

"Lembro de estar comendo pizza com meus amigos uma noite na universidade pouco depois de lançar o Facebook. Eu disse a eles que estava emocionado em ajudar a conectar a comunidade escolar, mas um dia alguém tinha que fazer um serviço para conectar o mundo todo", disse Zuckerberg, hoje um dos bilionários mais jovens do mundo, com fortuna estimada em US$ 30 bilhões.

O Facebook não previu uma comemoração em particular, exceto, "como em todos os anos, uma festa interna na tarde de sexta-feira", revelou uma porta-voz à AFP.

A empresa publicou, em sua página na web, um vídeo no qual crianças de dez anos comemoram seu aniversário em diferentes continentes e países. "É lindo ter 10 anos", termina o filme, com 1 minuto e 1 segundo de duração, após compartilhar os preparativos, as velas, as risadas e o "Parabéns pra você".

Uma bem sucedida guinada para a tecnologia móvel

Na última década, o Facebook se transformou em uma empresa mundial que conecta 1 bilhão de pessoas e tem uma capitalização na bolsa de mais de 150 bilhões de dólares.

Mas, antes de chegar a essa cifra, precisou superar uma estreia desastrosa em Wall Street. Seu muito aguardado ingresso na plataforma eletrônica Nasdaq, em maio de 2012, foi ofuscado por problemas técnicos, o que causou uma queda nas ações.

Impulsionados pela guinada da empresa à tecnologia móvel e por ganhos sólidos, os papéis se recuperaram e na semana passada atingiram o recorde histórico de US$ 61,08 por ação.

"Atravessamos vários momentos nos quais as pessoas pensavam que fracassaríamos e passei muitas noites em claro com meus colegas para tentar saber qual seria a nossa próxima inovação para continuar avançando", disse Zuckerberg.

O Facebook é um dos grandes da internet que soube administrar melhor a importante mudança de hábito dos usuários, que cada vez mais se conectam à web através de celulares inteligentes.

O tamanho pequeno da tela dos 'smartphones' obrigou serviços gratuitos online como o Facebook a buscar novos meios para publicar anúncios, dos quais dependem para se financiar. Para a rede social, a solução consistiu em integrá-los ao fluxo no qual os usuários leem as publicações de seus amigos.

Os últimos resultados trimestrais indicaram que esta estratégia foi acertada: os anúncios publicitários nos celulares representaram, no final de 2013, 53% dos ganhos publicitários totais do grupo, algo em torno de 1,2 bilhão de dólares, enquanto em 2012 não geraram ganho algum.

O crescimento do Facebook não esteve isento de polêmica, a começar pelo uso que a rede social faz de dados privados dos usuários, em uma discussão que volta à tona cada vez que o grupo altera seus critérios de confidencialidade.

Um acordo alcançado no final de 2011 com autoridades americanas prevê que as práticas do Facebook no setor sejam supervisionadas durante 10 anos.

"O melhor ainda está por vir"

Assim como outros gigantes do setor da tecnologia, o Facebook também teve que dar explicações após a revelação, no ano passado, de que os serviços de inteligência americanos espionaram as comunicações de internautas.

"Acho que o governo cometeu muitos erros por não ter sido mais claro sobre o uso que fez da informação coletada", disse Zuckerberg em entrevista, nesta terça-feira à emissora NBC.

Vários estudos alimentaram recentemente os temores de um distanciamento dos adolescentes desta rede social, considerada menos "cool" do que concorrentes como Twitter, Snapchat e Instagram. No entanto, nenhum desses concorrentes tem se aproximado do porte do Facebook.

"Hoje, as redes sociais principalmente são para compartilhar momentos. Na próxima década, também vão ajudar a responder a perguntas e a resolver problemas complexos", destacou o fundador do Facebook ao projetar o futuro da rede social.

Seja como for, Zuckerberg é otimista: "Realmente acho que o melhor ainda está por vir".

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