Uma nova versão dos óculos inteligentes do Google, prevista para ser lançada no ano que vem, será alimentada por tecnologia da Intel, de acordo com reportagem do "Wall Street Journal" nesta segunda-feira (1º).
O chip da fabricante de microcomputadores substituirá o processador de sua rival Texas Instruments, utilizado na primeira versão do Glass, disse o jornal, citando fontes anônimas.
Segundo a publicação, a nova versão provavelmente terá bateria mais durável. Atualmente, o aparelho aguenta cerca de um dia -ou poucas horas dependendo das funcionalidades utilizadas- antes de precisar de uma nova recarga.
Representantes do Google, da Intel e da Texas Instruments não comentaram o assunto.
Alardeado como um dos maiores representantes do futuro da computação, o Glass vive um momento de estagnação, enquanto desenvolvedores, marcas e mesmo funcionários do Google abandonam projetos ligados ao aparelho vestível.
Segundo levantamento da agência "Reuters", nove de 16 dos principais programadores de aplicativos voltados para os óculos inteligentes desistiram dos programas em que trabalhavam desde que o aparelho foi lançado para desenvolvedores em 2012.
O plano da Intel, conforme pontua o "WSJ", é promover o uso do aparelho em redes hospitalares e indústrias de construção, entre outros ambientes de trabalho contemplados pelo programa "Glass at Work" -iniciativa do Google que incentiva o uso dos óculos por funcionários que utilizam as mãos para trabalhar, mas precisam de informação.
Apesar disso, o Google ainda vê o Glass como um dispositivo destinado ao consumidor geral. De acordo com o jornal, dos cerca de 300 funcionários da companhia que trabalham no desenvolvimento dos óculos, menos de 5% estão focados no Glass at Work.