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Falha deixou usuários do Google e da Apple vulneráveis por mais de 10 anos

As empresas lutam para tentar corrigir a falha

Da Folhapress
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Publicado em 07/03/2015 às 10:02
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Pesquisadores descobriram nesta semana uma falha de segurança, nomeada Freak, que deixou usuários de dispositivos da Apple e do Google vulneráveis por mais de uma década. Ambas as empresas tentam agora corrigi-la.

O "bug" permitiria a hackers interceptar conexões seguras HTTPS e forçá-las a utilizarem criptografia mais fraca do tipo "export-grade" (presente em alguns sites), que pode ser facilmente quebrada.

O ataque seria possível no navegador de aparelhos com Android, no browser Safari e em Macs rodando o sistema operacional da Apple.

Um site dedicado ao Freak montou uma lista com milhares de páginas da web que poderiam ser exploradas por conterem a criptografia "export-grade".

Dentre elas, também estão páginas brasileiras de bancos (santander.com.br e itau.com.br), de lojas (extra.com.br, pontofrio.com.br, casasbahia.com.br) e de governos (planalto.gov.br, mg.gov.br e ibama.gov.br).

O instituto de pesquisas francês Inria, responsável por descobrir o Freak, disse que ainda não é possível saber se algum hacker se aproveitou da vulnerabilidade para roubar dados de internautas.

Um porta-voz da Apple disse à agência de notícias Reuters que a atualização de software necessária para remediar o bug seria liberada na próxima semana. Já o Google afirmou que desenvolveu uma correção para o problema e que já o distribuiu para operadoras e fabricantes.

CRIPTOGRAFIA FRACA

Segundo os pesquisadores, a falha de segurança é resultado de uma antiga política dos Estados Unidos que proibia a exportação de encriptação forte e exigia que produtos vendidos para o exterior tivessem a criptografia mais fraca do tipo "export-grade".

As restrições foram banidas no fim dos anos 1990, mas, de alguma forma, a tecnologia "export-grade" se proliferou e retornou aos EUA. A vulnerabilidade não havia sido notada até então.

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