Na noite desta quinta-feira (25), mensagens como "fora PT, volta Desciclopédia", "na União Soviética, Desciclopédia derruba Facebook" e "fora politicamente correto, volta Desciclopédia" podiam ser vistas entre as notificações do Facebook.
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Quando o usuário clicava no ícone em formato de globo (no canto superior direito da tela), em vez da opção "Marcar todas como lidas", apareciam as mensagens citando a página Desciclopédia (uma versão satírica da Wikipédia que faz verbetes bem-humorados sobre diversos temas).
Pareceu um bug ou um ataque, mas não foi nenhum dos dois. Existe um espaço no Facebook em que todos os textos da interface da página são traduzidos pelos próprios usuários. As traduções podem ser sugeridas por qualquer internauta e as mais votadas entram diretamente no site. Foi o que apoiadores do Desciclopédia fizeram, em protesto contra a rede de Mark Zuckerberg, que removeu a fanpage do site pela segunda vez.
Para Fábio Araújo, administrador do Desciclopédia, há uma perseguição contra a página. "O Facebook não é muito nosso fã. Nossas piadas às vezes incomodam pessoas não muito amigáveis", afirma.
Com a segunda exclusão, Araújo resolveu dar fim em definitivo aos projetos da página da Desciclopédia no Facebook "em oposição às regras politicamente corretas" da rede social. Após o anúncio, em um grupo oficial do site, os apoiadores resolveram fazer a ação.
A fanpage não voltou mais, mas o administrador não se mostra preocupado. "Fazemos isso há muito tempo, temos mais processos que o Rafinha Bastos e o Danilo Gentili juntos. E essa exposição foi um ótimo presente, pois completamos dez anos em 2015", afirma.
Procurado, o Facebook não se manifestou até o fechamento deste texto.