Pesquisadores de segurança afirmaram nessa quinta-feira (25) que uma startup israelense pouco conhecida explorou falhas até então desconhecidas do software de smartphones da Apple para ajudar governos estrangeiros a espionarem cidadãos.
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Os pesquisadores disseram que o software de vigilância foi o trabalho do NSO Group Technologies, que vende principalmente para agências do governo. Funcionários do Citizen Lab, um grupo que investiga tecnologias de segurança, e a empresa de segurança móvel Lookout disseram que o software foi descoberto em um link enviado no começo do mês para o celular de Ahmed Mansoor, um ativista dos direitos humanos nos Emirados Árabes Unidos.
Os relatos lançam luz sobre a capacidade das companhias privadas de segurança de produzir softwares sofisticados para operações de espionagem de governos. Isso também sugere que o sistema operacional IOS por trás dos celulares da Apple não é impenetrável como parecia ser no começo deste ano, quando a Escritório Nacional de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA, lutou por semanas e pagou US$ 1 milhão para desbloquear um aparelho relacionado ao ataque terrorista de San Bernardino.
O software do NSO Group se aproveita de três falhas do IOS para se instalar nos iPhones e transforma os aparelhos em dispositivos de vigilância, rastreando seus movimentos, gravando mensagens e baixando dados pessoas. O vice-presidente de pesquisa da Lookout, Mark Murray, disse que o software opera secretamente, garantindo a autonomia da bateria e acelerando a transferência de dados quando os aparelhos estão na rede Wi-Fi para que não seja notado.
Em um comunicado emitido nessa quinta-feira (25), a Apple disse que está "ciente dessa vulnerabilidade e consertou o problema imediatamente". Fonte: Dow Jones Newswires.