COMPORTAMENTO

Buggy não tem tempo ruim

Se no passado os carrinhos de fibra usavam mecânica de Fusca e Brasília, os buggies de hoje adotam motores modernos de carros populares como Fox

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 10/03/2013 às 16:47
Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
Se no passado os carrinhos de fibra usavam mecânica de Fusca e Brasília, os buggies de hoje adotam motores modernos de carros populares como Fox - FOTO: Foto: Hélia Scheppa/JC Imagem
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Esqueça aquele carro duro, barulhento, feito no fundo de quintal com mecânica do Fusca e cheio de problemas de documentação. Os buggies se reinventaram. É possível hoje adquirir modelos com garantia de fábrica, chassis próprio, motor moderno, com mais de 100 cavalos de potência, som e DVD e muito conforto. Não, ainda não tem ar-condicionado. Mas quem precisa se o buggy foi feito para desfrutar a brisa do litoral? “Enquanto houver praia, o buggy vai existir”, diz João Bosco, dono de uma locadora que aluga esse tipo de veículo em Fernando de Noronha e de uma loja especializada na venda de buggies novos e usados no Recife. João explica que o buggy nasceu do improviso, feito a partir de plataformas de Fuscas e Brasílias.

Na década de 70, era possível até comprar a carroceria de fibra de vidro e montar o carro em casa. Mas a concorrência com os jipes 4x4, e mais recentemente os quadriciclos, obrigou os fabricantes a modernizarem sua produção. “O buggy atual é um carro diferenciado. Pode andar em terrenos ruins como um jipe, mas com um custo de manutenção muito menor”, assegura João Bosco.

O Brasil já chegou a ter 40 fabricantes de buggies na década de 80. Atualmente, são cerca de 15 em atividade. O agrônomo Carlos Alberto Vaz, bugueiro há 40 anos, criou em 1999 o site Planeta Buggy para trocar experiências com outros proprietários. Hoje, são até 40 mil acessos por mês. Ele acredita que os carrinhos conversíveis de fibra de vidro estão novamente em alta. Esse renascimento pode ser comprovado pela alta valorização dos buggies nos últimos anos. De fato, o buggy não é um carro barato. Os modelos mais em conta de marcas tradicionais, como a BRM, custam em torno de R$ 35 mil.

O comerciante Teles Bernardo vende buggies de segunda mão há 15 anos. O movimento na pequena loja localizada no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, é constante durante todo o ano, inclusive no inverno, garante ele.

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