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Importância de usar o cinto de segurança corretamente

Saiba os riscos que você corre ao negligenciar a legislação. Além de como proteger as crianças no banco traseiro

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Filipe Farias
Filipe Farias
FILIPE FARIAS
Publicado em 12/10/2014 às 7:10
Ronaldo
Saiba os riscos que você corre ao negligenciar a legislação. Além de como proteger as crianças no banco traseiro - FOTO: Ronaldo
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Mesmo sendo considerado um item indispensável pra quem dirige um veículo, muitos motoristas acabam se recusando a utilizar o cinto de segurança. Os motivos? Acham inconveniente, desconfortável ou por pura desobediência. Nem mesmo a obrigatoriedade da utilização do cinto preocupa os motoristas que insistem em negligenciar o uso do equipamento de segurança. Só este ano, o Detran-PE já registrou mais de 30 mil multas em motoristas flagrados infringindo a legislação. A lei é bem clara. O uso do cinto de segurança obrigatório desde 23 de setembro de 1997, quando passou a vigorar o novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Em linhas gerais, o condutor ou passageiro que não usarem o cinto estão cometendo uma infração grave, com multa prevista de R$ 127,69, além de 5 pontos na carteira.

A lei prevê ainda a retenção do veículo até a colocação do equipamento pelo infrator. E isso vale para todos os ocupantes do carro. Quem viaja nos bancos dianteiros e também para quem vai no assento traseiro. De acordo com pesquisas realizadas por especialistas em segurança de tráfego, motoristas e passageiros que sofrem acidentes de trânsito e utilizam o cinto de segurança reduzem entre 50% e 80% os riscos de lesões graves e, até mesmo, aumentam as chances de sobreviver em casos mais graves.

Para o médico João Veiga, que já foi chefe da unidade de traumas do Hospital da Restauração, o grande problema para que os motoristas ainda ignorem o cinto é fiscalização precária. Conforme o médico, mais de 20% dos motoristas que se envolveram em acidentes de trânsito e tiveram lesões graves não utilizavam o cinto de segurança. “No Hospital da Restauração, eu pude comprovar essa estatística já que recebíamos um número bem significativo de pacientes que descumpriam a lei. É necessário ter uma maior fiscalização por parte das autoridades e, quem sabe até, aumentar o valor da multa para quem for pego sem o cinto. A gente sabe que quando atinge o bolso, as pessoas respeitam mais”, justificou João Veiga, atual diretor-executivo do comitê estadual de prevenção aos acidentes de moto no Estado (CEPAM).

Ainda de acordo com o relato do médico, a cobrança do uso do cinto de segurança também deve se estender aos passageiros. Muita gente não criou o hábito de usar o cinco quando está no banco de trás e ele é tão necessário como quem vai na frente. “Os passageiros que viajam atrás, sem cinto, acabam se ferindo gravemente. São comuns os casos de traumatismos cranianos porque o passageiro é arremessado para frente e, muitas vezes, também acaba ferindo o motorista”, enfatiza o médico.

A maior incidência da falta de uso do cinto de segurança acontece na cidade e não nas estradas como muita gente pensa. De acordo com o policial rodoviário federal, Eder Rommel, as pessoas ignoram o equipamento por acreditar que não correm riscos ao realizarem pequenos trajetos dentro das cidades. Já nas rodovias, como há fiscalização periódica da PRF, eles ficam inibidos com a presença das blitzes e acabam respeitando a legislação por medo de levar uma multa.

Os especialistas lembram que não basta estar com o cinto. É preciso ajustá-lo para cada situação. Caso contrário, quando você precisar dele, pode acabar se machucando ou não funcionando como deveria. 

“É um absurdo como as pessoas, ainda hoje, se arriscam a andar sem o cinto de segurança. Apesar de o assunto ser amplamente divulgado na mídia, ainda existem os que insistem em ignorar a lei”, lamenta o policial rodoviário Eder Rummel. Ele explica, na arte acima, algumas situações de como o motorista e os passageiros devem proceder para não ter problemas com o cinco de segurança, além de explicar a maneira correta para proteger as crianças e mulheres grávidas.

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