
Os primeiros carros chineses desembarcaram no Brasil há quatro anos. Tinham como grande apelo o fato de saírem bem completos da linha de produção. Vinham com airbags e freios ABS de série. E isso era tido como o diferencial. O problema é que esses itens passaram a ser obrigatórios em todos os carros produzidos no Brasil, sem falar que a indústria nacional se viu obrigada a melhorar a qualidade dos seus produtos para atender a um público cada vez mais exigente.
Uma avalanche de mudanças e os orientais sentiram o golpe. As principais marcas chinesas do País, que possuíam concessionárias em Pernambuco, tiveram sérias dificuldades. A Lifan fechou as portas. A Chery seguiu o mesmo caminho encerrando as atividades da revenda no Bairro da Imbiribeira. E até a JAC, o maior representante que tinha o apresentador Faustão como garoto-propaganda, se viu obrigada a encerrar as operações de uma de suas lojas na capital pernambucana porque as vendas não correspondiam ao esperado. Nem a garantia elástica dos carros de cinco anos foi suficiente para segurar os clientes.
Dispostas a conquistar o coração dos brasileiros e virar o jogo a seu favor e operar de forma competitiva no mercado brasileiro de 3,5 milhões de unidades por ano, todas passam por uma nova fase de maturação. Quem também vai entrar na briga é Geely, que chega com automóveis aparentemente bem interessantes.
A JAC vai montar uma fábrica na Bahia. A Chery inaugurou uma montadora em São Paulo. A Lifan vai ampliar suas operações pelo País e todos vêm com carros melhores. Na qualidade e com desenho mais moderno. O mercado dos próximos meses é de novidades e de um novo teste para essas marcas.