A fiscalização eletrônica invadiu as grandes cidades do País e o motorista teve de mudar hábitos para poder conviver pacificamente com as autoridades de trânsito e não ser flagrado pelas câmeras cometendo irregularidades nas ruas. Somente no Recife, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbanos (CTTU) utiliza dezenas de equipamentos para monitorar os veículos e a cada dia as câmeras ganham mais força. São imprescindíveis, muitas vezes, para manter a ordem e segurança do tráfego em vias consideradas vitais para o escoamento dos veículos. Mas o lado ruim desse controle eletrônico é que muita gente ainda tem dúvidas sobre o real funcionamento e não são raros os casos de condutores que se dizem injustiçados por terem sido clicados por um desses equipamentos. São detalhes que os motoristas precisam ficar atentos.
Até mesmo com a instalação das ciclofaixas, várias pistas da capital tiveram o seu limite de velocidade alterado de acordo com o dia e horário da semana. E, aquilo que é permitido num dia útil não vale para o final de semana. O motorista que pisar um pouco mais forte no pedal pode ser multado. Recentemente, as regras de circulação mudaram no próprio Centro da capital, com a criação da Zona 30, que estabelece o limite máximo de velocidade dos veículos a 30km/h. Para tentar ajudar aos motoristas a escapar das multas, a reportagem do Jornal do Commercio conversou com especialistas no tema para esclarecer melhor cada um delas. Na capital pernambucana esses dispositivos estão em funcionamento desde janeiro de 2005, quando a CTTU passou a monitorar as vias e multar os infratores. Contudo, apesar de quase uma década em vigor, muitos motoristas ainda não sabem diferenciar quais são os tipos de dispositivos de fiscalização eletrônica que existem, como cada um deles funciona e quais os horários de atuação.
De acordo com informações repassadas pela CTTU, existem quatro tipos de dispositivos de fiscalização eletrônica na capital pernambucana: bandeiras, lombadas eletrônicas, radares fixo/móvel e fotosensores. Ainda segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano, a intenção do projeto não é de multar. “A fiscalização eletrônica é uma ação que tem caráter inibidor e educativo. E, nesses dez anos, conseguimos reduzir consideravelmente o número de acidentes por excesso de velocidade”, argumentou Marcos Araújo, gestor de trânsito da CTTU.
MENOS ACIDENTES
Segundo ele, a instalação desses dispositivos não prejudica o trânsito da cidade. “Antes de colocarmos em funcionamento esses aparelhos, realizamos estudos para verificar a velocidade média das vias, justamente para que não viesse a atrapalhar o fluxo dos carros. Os dispositivos funcionam para lembrar aos motoristas que eles têm de respeitar os limites de velocidade”, destacou Marcos Araújo.
Ao todo, Recife conta com 42 dispositivos que fiscalizam o trânsito da capital. Esses aparelhos estão assim distribuídos: 18 bandeiras, 16 radares fixos, 7 semafóricos (fotossensores) e 1 móvel, além das 54 câmeras de monitoramento. Conheça um pouco mais sobre cada um na arte ao lado e não seja pego de surpresa pela fiscalização eletrônica.