Quem nunca parou em frente a uma bomba de posto e se perguntou: “Qual a diferença entre gasolina comum, aditivada ou premium?”. Saiba que, além do preço distinto, cada combustível tem sua composição própria e apresenta resultados diferentes no motor do seu carro. Cada fabricante possui um nome especial para seu produto, mas em regra geral, esses combustíveis, tidos como especiais, garantem melhorias sobretudo em automóveis mais modernos.
Isso ocorre porque a gasolina comum, fabricada no Brasil, possui 25% de etanol e não tem aditivos ou corantes. Com isso, por deficiência de destilação do combustível, acaba criando uma goma no fundo do tanque e acumulando sujeiras e impurezas, o que dificulta a sua queima. Com o tempo, se o motorista não realizar as revisões necessárias, pode entupir os injetores e causar defeito em outros equipamentos.
A gasolina aditivada - que possui a mesma base de composição do combustível comum - se diferencia por apresentar substâncias que diminuem os efeitos de carbonização do motor. Esses aditivos contêm ação detergente (de limpeza), evitando a formação das gomas no motor. A aditivada ainda ajuda a proteger o filtro de combustível e as tubulações do automóvel, sem falar que mantém os bicos injetores limpos. “Mesmo com a gasolina aditivada contendo essas substâncias que auxiliam na limpeza do tanque, ela só reduz 2% da carbonização do motor. Nesse caso, o motorista tem de avaliar se é mais vantajoso gastar alguns centavos a mais para abastecer com a aditivada ou colocar a gasolina comum e respeitar os prazos de revisão do filtro de combustível e dos injetores”, explicou Alexandre Costa, consultor automotivo da Alpha Consultoria.
Além desses dois tipos, ainda existe a gasolina premium. A sua composição é mais refinada e tem maior capacidade de suportar a compressão do motor, aumentando a sua performance. “Somente esse tipo de combustível (premium) é capaz de melhorar o desempenho do motor. Mas tem de deixar claro que essa melhora só é perceptível em carros que possuem motores de alta tecnologia. Não adianta abastecer com gasolina premium um carro fabricado na década de 80 ou 90”, explicou Alexandre Costa.
OPÇÕES
O consultor automotivo lembra que existem motoristas que usam aditivos separadamente no tanque por acreditarem que a mistura vai garantir ganhos significativos. Alexandre Costa não aconselha adotar essa prática, pois esses produtos têm o poder de limpeza mais agressivo. Com isso, depois de cumprir o seu papel e limpar o tanque de combustível, ele acaba mandando os resíduos para o motor e isso pode obstruir os injetores e causar defeito em peças como catalizador.