COMPORTAMENTO

Mesmo carro, nomes diferentes

Motadoras sofrem para batizar seus modelos com nomes que sejam aceitos mundialmente

Da editoria Veículos
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Publicado em 29/03/2015 às 9:02
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Motadoras sofrem para batizar seus modelos com nomes que sejam aceitos mundialmente - FOTO: Foto: Divulgação
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O que o Chevrolet Cruze e o Ford Fiesta têm em comum? Seus nomes são adotados pelos fabricantes em todo mundo e isso é muito raro na indústria automotiva. É difícil porque escolher o nome de batismo de um automóvel que seja adotado em todos os continentes é uma missão árdua para as montadoras, pois, dependendo da escolha, o seu significado pode acabar sendo agressivo ou pejorativo em determinado país. E a saída em muitos casos é o fabricante mudar o nome e pensar em outras alternativas para escapar da saia justa.

Para tentar minimizar essa mudança de nome para cada mercado, os especialistas em marketing realizam o que eles chamam de ‘clínica do produto’. Lá, os construtores fazem a concepção do carro, buscam saber o que os clientes pensam a respeito do veículo e até como vão receber o nome do automóvel a ser lançado. É importante levar uma palavra que possa ter abrangência em várias partes do planeta. “É uma etapa complexa. É realizada uma análise antropológica, cultural e até política do significado do nome que será adotado nos diversos países em que o produto será comercializado”, disse Mário Furtado, gerente de marketing da Nissan Brasil. O executivo lembra que a própria montadora japonesa teve de nominar alguns modelos de maneira diferente para entrar no mercado brasileiro.

A nossa picape Frontier, que também é assim chamada em todo o continente americano, é conhecida na Europa e na Ásia como Navara. Convenhamos que esse nome aqui no Brasil seria motivo de piadinhas na roda de amigos. No México outra situação inusitada. Por motivos políticos, o Volkswagen Fox que conhecemos no Brasil é chamado de Lupo na terra do sombreiro. Isso porque quando o modelo foi lançado lá o então presidente mexicano se chamava Vicente Fox e isso poderia parecer privilégio da montadora a um político. Era mais ou menos como se algum fabricante resolvesse batizar hoje um de seus lançamentos de Dilma. Certamente seria muita polêmica.

NOMES ESTRANHOS

Mas nem mesmo o cuidado dos fabricantes garante uma escolha feliz. Os casos são muitos de montadoras que batizam os seus carros com nomes esquisitos. A coreana Kia, por exemplo, tem um exemplo clássico. Na década de 90, a marca lançou uma van chamada Besta para ser uma opção para o transporte público de passageiros e combater a Kombi. Apesar do nome do veículo ser sinônimo de muita coisa ruim e virado piada, o comprador não se incomodou tanto. A prova é que ela caiu no gosto de muitos e se transformou num sucesso de vendas. No caso da também Coreana Hyundai a sugestão soou mais simpática e ganhou fãs de vários religiosos ao nomear o seu SUV de Santa Fe. Pelo nome sugestivo, muitos católicos brincavam dizendo que o veículo bem que poderia ter se tornado o automóvel oficial do papa.

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