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Fórum mundial de engenharia premia projetos brasileiros de carros reconfiguráveis

Evento realizado em São Paulo teve a participação de importantes escolas de engenharia e design do mundo

Da editoria de Veículos
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Publicado em 06/08/2015 às 11:18
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Evento realizado em São Paulo teve a participação de importantes escolas de engenharia e design do mundo - FOTO: Divulgação
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Veículos desenvolvidos com a participação de estudantes universitários brasileiros foram premiados na competição promovida pelo fórum PACE (Partners for the Advancement of Collaborative Engineering Education), programa mundial liderado pela General Motors para o desenvolvimento da educação de engenharia automotiva.

Com o tema "Repensando a mobilidade", a 4ª edição do fórum aconteceu na última semana em São Paulo e contou com a participação de aproximadamente 350 alunos e professores de importantes escolas de design e engenharia do mundo, entre elas Purdue University (EUA), Tongji University (China), Instituto Politécnico Nacional (México), Art Center College of Design (EUA), TU Darmstadt (Alemanha), Technion Haifa (Israel), Monash University (Austrália) e Politécnico de Torino (Itália). Representando o Brasil estavam a Poli-USP e a FEI.

Oito projetos participaram da competição. O desafio era construir um veículo urbano pensado para as megacidades do futuro. Para isso, precisaria ser reconfigurável - servir para o transporte de carga e pessoas, atendendo diferentes demandas de mobilidade-, além de ser pensado para o uso compartilhado.

Dois projetos de destaque tiveram a participação de estudantes de universidades brasileiras, o Opal e o Revo. Alunos da Poli-USP e de mais quatro universidades estrangeiras desenvolveram um veículo reconfigurável e de uso compartilhado para a cidade de São Paulo. O projeto Opal é um hatch de duas portas que amplia a capacidade de passageiros, de três para cinco assentos, quando o usuário desejar – a expansão da carenagem é feita por meio de atuadores eletrônicos.

O Opal foi desenvolvido considerando os resultados de uma pesquisa realizada na capital paulista com 500 pessoas que apontou que 77% dos motoristas levam, no máximo, um carona, que 62% vão ao trabalho de carro e que 76% mudam suas necessidades de uso do veículo no decorrer da semana. Os alunos também elaboraram um modelo de negócios para tornar viável o serviço de uso compartilhado. Pelo projeto, o proprietário poderia adquirir o automóvel e disponibilizá-lo em determinados momentos, em formato semelhante a de uma franquia.

Alunos da FEI e de mais quatro universidades estrangeiras criaram o Revo. O veículo foi pensado para transportar de uma a três pessoas e ainda possui bagageiro. Uma espécie de sanfona, localizada entre a parte da frente e a de trás, permite expandir a cabine e, assim, reconfigurar o automóvel de acordo com a quantidade de passageiros ou de carga. O protótipo foi todo esculpido a mão em placas de poliuretano e foi apresentado em escala 1:3. Pelo projeto, a utilização do Revo seria pública e os interessados o alugariam por determinado trecho e período, podendo devolvê-lo no local de destino ou quando retornassem ao local de origem. Um aplicativo para dispositivos móveis informaria o local de retirada mais próximo do usuário, sugestões de rotas e se há outra pessoa interessada em compartilhar o veículo para dividir as despesas referentes ao trajeto.

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