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Carros elétricos cada vez mais perto de se tornarem uma realidade

Com redução de impostos e liberação de novos modelos para rodar nas ruas o Brasil vai facilitando a massificação do carro movido a energia elétrica

Da editoria de Veículos
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Publicado em 24/12/2015 às 8:53
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Com redução de impostos e liberação de novos modelos para rodar nas ruas o Brasil vai facilitando a massificação do carro movido a energia elétrica - FOTO: Divulgação
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Aos poucos, o carro elétrico vai ganhando corpo para se tornar uma realidade no Brasil. Dois meses após o governo federal derrubar de 35% para zero a alíquota de importação para veículos movidos a energia,os fabricantes comemoraram a decisão e retribuíram. A BMW reduziu o valor do seu i3 de R$ 200 mil para R$ 170 mil, a Kia anunciou o Soul elétrico em 2016 no Brasil, a Nissan vai intensificar os trabalhos com o Leaf e agora a Renault acaba de receber autorização para emplacar o Twizy em nosso País. O carrinho da montadora francesa é um compacto de dois lugares que faz sucesso na Europa e que não tinha permissão para rodar em nosso território.

A Renault ainda não confirmou se vai vender o Twizy no mercado brasileiro, mas disse que o automóvel foi homologado pelo Contran como quadriciclo, ou seja, não tem autorização para circular por rodovias, mas está liberado para os centros urbanos como um automóvel. O Twizy se diferencia dos concorrentes por suas dimensões minúsculas, ideais para quem circula nos grandes centros. Com ele, o motorista dificilmente tem problemas para estacionar. São apenas 2,33 metros de comprimento (é menor do que o Smart, da Mercedes) e 1,18 metro de largura. Dá até para estacionar na perpendicular, como fazem as motos. O motor 100% elétrico gera potência equivalente a 20 cavalos e tem autonomia para 100 quilômetros, segundo a marca.

A Renault já comercializou mais de 130 unidades da sua gama Z.E. no Brasil, todas elas destinadas a empresas que desenvolvem projetos voltados ao uso e divulgação dessa tecnologia. A lista inclui o hatch Zoe, o furgão Kangoo Z.E, o sedã Fluence Z.E e o próprio Twizy, que é usado em espaços fechados. Todos pertencem a empresas. A Celpe, por exemplo, mantém um furgão elétrico da Renault rodando na Ilha de Fernando de Noronha.

A Sociedade Brasileira de Engenharia Automotiva (SAE Brasil) acredita que ainda falta mais investimento para incentivar o elétrico no País. Os problemas estão, sobretudo, na oferta de pontos públicos de recarga nos municípios e estradas. Ronaldo Mazará, engenheiro e membro da comissão técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil, se diz otimista. Para ele, num futuro próximo o consumidor poderá escolher entre as várias opções de veículos. “O comprador saberá distinguir as vantagens dos elétricos e híbridos sobre os convencionais a combustão. Muita gente pensa que o elétrico é só um veículo capaz de oferecer um combustível mais barato e de energia limpa. São bem mais que isso. Eles podem ser mais duráveis e ter baixo custo de manutenção”, afirmou o engenheiro.

Atualmente apenas a BMW oferece no País um carro 100% elétrico para o público. O modelo mais comum, entre os carros de energia limpa vendidos no País, é o híbrido - automóvel com motor a gasolina e outro elétrico. A relação inclui o Ford Fusion, Lexus CT200h e Toyota Prius. Todos com preços acima dos R$ 100 mil.
Segundo especialistas, se houvessem incentivos como os concedidos recentemente aos elétricos, o valor dos híbridos cairia consideravelmente. O Prius, por exemplo, sofreria uma redução de R$ 113 mil para R$ R$ 74 mil.

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