DETROIT - Os preços de carros no exterior costumam chamar muito a atenção dos brasileiros quando comparamos os valores dos automóveis lá fora com os vendidos nas concessionárias de nosso País. De fato, somos conhecidos por possuir alguns dos veículos mais caros do mundo. Até bem pouco tempo, os automóveis comercializados nos Estados Unidos custavam a metade do preço dos vendidos no Brasil. Só que num giro pelo Salão de Detroit deste ano deu para perceber que as coisas mudaram muito. Com a disparada do dólar frente ao real (a cotação da moeda norte-americana passou de R$ 4), a diferença de preços desapareceu em muitos modelos e os valores praticados lá fora e aqui são praticamente iguais se fizermos a conversão.
No Salão do Automóvel de Detroit, muitos estandes expõem os preços de seu carros. Em diversos automóveis, os valores em dólar são muito próximos aos vendidos aqui em real. Um Renegade lá custa quase US$ 20 mil (já com os impostos locais). Ou seja, perto dos R$ 80 mil, levando em conta a cotação da última sexta-feira. E os carros são praticamente da mesma versão. O Fiat 500 é outro exemplo. Vendido em nosso País por valor a partir de R$ 60 mil com câmbio manual, o carrinho da Fiat é comercializado lá fora por cerca de US$ 18 mil. O modelo dos EUA pode ser mais caro, mas também é mais completo. O de lá vem sempre com câmbio automático.
Nos carros mais caros e que pagam imposto de importação, a gente pode afirmar que a diferença continua grande se compararmos Brasil x EUA. Porque ao cruzar as fronteiras para entrar em nosso País o valor dobra. Um Dodge Challenger (que não é comercializado aqui, mas concorre com o Camaro) é vendido lá na faixa dos US$ 30 mil. O seu concorrente da Chevrolet no Brasil não sai por menos de R$ 200 mil.
Só que tem muita gente que vai levantar o dedo agora e dizer: êpa, para! Os caras lá fora ganham em dólar e conseguem comprar um carro nos Estados Unidos com mais facilidade. É verdade. Só que aí é uma outra discussão e vai ficar para a próxima matéria.