O Sentra é o terceiro sedã médio mais vendido mo País, perdendo apenas para os líderes Honda Civic e Toyota Corolla. Ele fica à frente do Chevrolet Cruze e do Renault Fluence no ranking da preferência do consumidor. O bom desempenho do carro da Nissan não é à toa. Conforto e muito espaço interno são suas marcas registradas. O luxo é comedido, mas não decepciona. E na versão Unique quer se aproximar de seus principais rivais. O problema é o preço, que também fica próximo dos modelos da Honda e Toyota. O Nissan Unique custa R$ 89.990, quase o mesmo preço do Civic top de linha, o EXR, que sai por R$ 94.100. O preço do Sentra é ainda o mesmo do Corolla XEi 2.0. O consolo é que o Sentra tem versões mais em conta começando em R$ 69.990.
Mesmo assim, quem optar pelo Sentra Unique vai encontrar um carro com visual diferenciado dos seus concorrentes, com um ar mais conservador, mas ainda imponente. As rodas esportivas aro 17 exclusivas desta versão quebram um pouco o ar de carro executivo. Ele é quase uma réplica do Altima, sedã grande da Nissan, e isso conta pontos para o Sentra. É no interior que se tem contato com o melhor deste sedã importado do México. Bancos, console e painel de portas são forrados de couro e, assim como a metade inferior do painel a cor que predomina é o marrom claro. Muito chique, embora denuncie logo o motorista com poucos hábitos de higiene. O acabamento é de boa qualidade e não deixe de experimentar também os assentos traseiros. O espaço para os ocupantes do banco de trás é surpreendente. Ou seja, cinco ocupantes viajam sem aperto no Sentra e ainda poderão se divertir com a central multimídia que permite acesso às redes sociais através de smartphone. Como desde o início o Sentra é um projeto voltado para o custo-benefício é curioso perceber que esta preocupação se manteve nesta versão mais luxuosa. Assim, a porta do motorista é a única que conta com vidro elétrico com sistema um toque de acionamento, mas ele só funciona para abrir a janela. Para fechá-la é preciso ficar segurando o botão com o dedo. O ar-condicionado é digital com duas zonas de resfriamento, mas não tem saídas de ar no console para os ocupantes dos bancos de trás. Os espelhos retrovisores externos são rebatíveis, mas não automaticamente. Para abrí-los e fechá-los é necessário acionar um botão. Felizmente, a Nissan não economizou no sistema de partida, que usa chave presencial e liga o carro com um simples toque de botão. Outro dispositivo digno de elogio é o câmbio automático CVT que tem funcionamento suave, embora faça o motor 2.0 flex de 140 cavalos gritar um pouco mais alto do que deveria em determinadas rotações. Por outro lado, o carro traz controle de tração e estabilidade e direção elétrica leve na medida certa. O resultado desse conjunto é um carro equilibrado e macio, que faz curvas com disposição. O Sentra é bem gostoso de dirigir e não é gastão, como poderia parecer. Fizemos média de 9,5 km/litro na cidade e até 13,0 km/litro na estrada, usando gasolina. O Sentra Unique sugere ser maior e mais sofisticado do que realmente é. Mas, como já dissemos, não decepciona pelo conjunto da obra.
