Antigamente os carros de luxo vinham com o teto numa cor diferente da da carroceria. No Brasil, a Rural e até a popular Kombi abriram caminho para essa moda ao receber a chamada pintura “saia e blusa”, símbolo de sofisticação lá pelos anos 50. Só que o tempo se encarregou de trazer muitas novidades para a indústria automotiva e, com o passar das décadas, ela saiu de cena. Só que a moda que fez sucesso no passado parece ter voltado com força nos novos utilitários esportivos.
Os recentes lançamentos dos fabricantes vestem essa tendência e apontam para essa direção. Só que o charme do carro de duas cores não está disponível a qualquer um veículo. As marcas estão adotando essas configurações só em modelos mais caros e, em alguns casos, o comprador precisa até pagar mais para ter a capota num tom diferente da do restante da lataria.
O retorno do 'saia e blusa'
Esse retorno do saia e blusa começou em 2014, com o Land Rover Evoque. As versões mais sofisticadas do SUV poderiam receber o teto na cor branca, que combinava com a forração de couro dos bancos, também branca. Hoje, a marca inglesa oferece como opcional para o seu SUV a possibilidade de o cliente escolher o teto na cor cinza ou preta. A Nissan observou o filão e lançou o seu SUV compacto, o Kicks, em meio aos Jogos Olímpicos deste ano com uma novidade. Para chamar a atenção, o veículo apareceu num cinza metálico combinado com um nada discreto laranja metálico no teto. O detalhe do automóvel faz parte da versão mais cara do Kicks, a SL Sunset Orange, que custa R$ 93.840. Ou seja só o teto pintado nesta cor custa uma média de R$ 2 mil.
A Jeep, ao lançar o novo modelo Compass, incluiu na versão flex 2.0 Limited, o teto preto, independente da cor do carro. O detalhe preto brilhante ajuda a destacar as linhas do automóvel em meio aos concorrentes, dando um charme especial ao SUV e cara de produto premium ao veículo produzido em Pernambuco.
A Renault mostrou que vai na mesma direção a partir de agora. O próximo lançamento da marca virá sempre com a carroceria bicolor . O Captur, que vai se posicionar acima do Duster, chega em março próximo em três cores à escolha do cliente: marfim, prata ou preto. Mas o teto será sempre preto.
E o que dizer da Suzuki? É quase uma regra. Ao lançar a linha 2017 do novo Vitara, a marca surpreendeu ao oferecer 22 combinações de cores diferentes entre carroceria e teto. Esses são só alguns dos exemplos dos novos tempos. O negócio hoje é cult e resta saber quanto tempo ele vai durar.