Memória

Os carros na terra de Fidel Castro

Líder cubano Fidel Castro morreu no último dia 26

Sílvio Menezes
Cadastrado por
Sílvio Menezes
Publicado em 01/12/2016 às 8:03
Fábio Jardelino/Divulgação
FOTO: Fábio Jardelino/Divulgação
Leitura:

A morte de Fidel Castro, no último sábado, levou Cuba para o noticiário internacional. As imagens vindas da terra natal do líder cubano mostram ainda hoje uma Havana de velhos casarões e fazem da ilha a capital dos carrões velhos e antigos.

Há três anos, o Jornal do Commercio publicou uma reportagem do jornalista Fábio Jardelino, que passou uma temporada na ilha estudando cinema. Na ocasião, o repórter observou que andar pelas ruas de Havana era como voltar no tempo. Além dos velhos casarios de uma época colonial que formavam a paisagem urbana, os admiradores de automóveis antigos poderiam se deliciar com raridades de quatro rodas por todo canto.

Aliás, os veículos em Havana são personagens bem conhecidos porque não são uma regra, mas, sim, a exceção. Antigos e bem velhos. Tudo fruto do embargo econômico que o país sofre. Cuba praticamente parou no tempo quando o assunto é automóveis. Pontiac e Cadillac, ambos americanos, são vistos em toda esquina. Moskvich, Volga e Lada – soviéticos – são outros que circulam pela nostálgica capital de Cuba.

Quase todos os carros datam dos anos 40, 50 e 60 do século XX. Alguns, completamente enferrujados e caindo aos pedaços, rodam normalmente. Há ainda os modelos tunados, com luzes de néon embaixo da carroceria.

Os modelos russos têm mais espaços. Os Ladas, que chegaram à ilha após o embargo americano, servem para o transporte dos cubanos. Automóveis de marcas europeias são raros. SUVs japoneses são usados por agentes de consulados.

Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Cuba vira atração turística também por conta dos carros - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação
Fábio Jardelino/Divulgação
Carros antigos são a marca de Cuba - Fábio Jardelino/Divulgação

A reposição das peças é feita com muito improviso já que não é fácil substituir componentes. Os chamados veículos populares no Brasil são raros por lá. A exceção é o Volkswagen Fusca. Para os nativos, porém, é difícil ter um carro exclusivo. Um dos problemas está no valor do combustível, que custa muito caro para os padrões da ilha de Fidel.

Os automóveis mais conservados servem para o transporte de turistas endinheirados. Os visitantes podem alugar e dar um rolé de Cadillac conversível pela orla de Havana. O sistema de transporte coletivo, assim como a economia, funciona de forma dividida. Os táxis se separam entre os regulares e as “máquinas”.

Este último é o meio de transporte mais barato em Cuba e lembra nossas lotações feitas por Kombis. Assim tem sido o transporte de Cuba nos últimos cinquenta anos. Com a morte de Fidel Castro existe uma expectativa grande de mudanças profundas em Cuba. E, claro, muita gente querendo saber como será o futuro da economia daqui pra frente.

Últimas notícias