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Cuidados ao instalar bancos de couro no carro

A forração de couro proporciona mais conforto e valoriza o veículo, porém deve ser bem executada

Edilson Vieira
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Edilson Vieira
Publicado em 13/08/2017 às 14:27
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Não é só pelo “status”. Colocar banco de couro no automóvel é ganhar em conforto e agregar valor ao veículo, principalmente na hora da revenda. Tem ainda a questão da higiene. É bem mais fácil limpar um assento de couro do que um forrado de tecido que está mais sujeito a manchas, desbotamento da cor e a reter odores. Mas, se o banco de couro não vem instalado de fábrica no veículo o jeito é procurar o serviço de uma boa capotaria. Aí é que a coisa pode complicar. Se o trabalho for mal feito, em vez de conforto, o banco pode virar fonte de incômodo, sem falar no prejuízo.

Em princípio, qualquer carro pode receber a forração de couro nos bancos, diz Leonardo Moreno, proprietário da Leo Couros, empresa do Recife que trabalha com forração automotiva há 35 anos, mas é bom conhecer alguns detalhes para não contratar um serviço de baixa qualidade. O primeiro cuidado é com o tipo de material que deve ser empregado. “Alguns profissionais chegam a utilizar o couro sintético residencial, aquele utilizado em sofás, só para baixar o custo”, explica Leonardo. O resultado, segundo ele, é que a durabilidade da forração cai muito. Enquanto um couro sintético automotivo tem vida útil de cerca de três anos, o sintético residencial não chega a um ano, disse o comerciante. Outra dica importante: o termo “couro ecológico” está proibido por lei de ser utilizado. Ou é couro sintético (artificial) ou é couro natural (de origem animal). Mas um ou outro deve ser para uso automotivo.

COURO

Capotarias que usam de má fé e aplicam couro sintético residencial nos bancos dos carros cobram entre R$ 500 e R$ 600 para o jogo de bancos. A forração de couro sintético automotivo custa em torno de R$ 800 e a de couro natural é mais cara, sai por R$ 1.500 em média. Uma forma de observar se a forração é bem feita é saber qual tipo de espuma a capotaria utiliza por baixo da capa de couro. Se for uma espuma de baixa densidade, ela fica com marcas assim que o usuário senta no banco. O ideal é a capotaria usar uma espuma de maior densidade, como a D33, utilizada em colchões ortopédicos.

Infográfico

BANCOS DE COURO 2017

Outro cuidado importante é em relação a carros que tem airbags laterais instalados nos bancos, como alguns modelos do VW Golf e Tiguan e Toyota Corolla. Nesse caso, existe um tipo de capa de couro especial que permite a deflagração do airbag, em caso de acidente com o veículo. Se for colocada uma capa de couro comum, o airbag lateral pode não funcionar como deveria, alerta Leonardo Moreno. Veja mais dicas clicando no infográfico desta matéria.

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