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Cuidados ao lavar o motor do carro

Procedimento não é recomendado mas se for necessária a lavagem do motor requer atenção para não danificar componentes

Sílvio Menezes
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Sílvio Menezes
Publicado em 27/08/2017 às 14:42
Ilustração: Ronaldo Câmara/JC
Procedimento não é recomendado mas se for necessária a lavagem do motor requer atenção para não danificar componentes - FOTO: Ilustração: Ronaldo Câmara/JC
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Quem tem na faixa de 40 anos ou mais lembra bem. No passado era o comum pegar uma mangueira e lavar o carro de todo jeito na garagem de casa. Nos anos 80, o procedimento era quase uma regra e a diversão era garantida, sobretudo, da garotada. Não bastava tirar a sujeira da lataria e encerar o painel ou lustrar as rodas. A lavagem completa incluía jogar o jato forte de água no motor para remover a poeira impregnada e deixar tudo no grau, parecendo novo. Imaginar a cena – tão comum lá atrás – num lava-jato profissional atual é bem mais raro. Isso porque o risco de danificar componentes eletrônicos é enorme e o risco de dar uma pane geral no automóvel é grande.

O consultor automotivo Alexandre Costa lembra que os motoristas do passado jogavam água sem receio nos antigos motores porque havia poucos componentes eletrônicos. Hoje, os automóveis são bem mais completos e repletos de dispositivos inexistentes nos carros de antigamente, a exemplo de centrais eletrônicas. Esses componentes são softwares responsáveis por realizar comandos diversos e qualquer circulação de água pela região pode ser perigoso. “Não recomendo e nem faço nos meus carros. A pressão do jato de água pode arrebentar os componentes, danificar vedações e conexões e provocar curto-circuito de sistemas. E se isso ocorrer pode ter certeza que o motorista terá um enorme prejuízo”, ressalta o especialista. Ele diz que a região próxima da bateria é tida como “crítica” nesses casos por reunir centrais variadas para a injeção eletrônica, de controle do ABS, de direção elétrica e por aí vai.

MOTOR

Paulinho Morais, do Container Jato, conceituado lava-rápido do Recife, reforça o discurso do consultor automotivo Alexandre Costa. Apaixonado e profundo conhecedor de veículos, o empresário diz que a lavagem com jato é mais rápida e barata, mas nem sempre é a melhor solução. Segundo Morais, o ideal para o motorista que não quer correr riscos é optar por uma lavagem a seco, que custa R$ 70 em média. Nesse caso, o funcionário dele usa pincel com desengraxante para limpar peça por peça do motor. O serviço dura uma média de duas horas, sem falar que ele só pode ser feito depois que o motor estiver frio. Paulinho Moraes conta que o resultado é muito bom e cabe bem naqueles casos de clientes que rodam muito na cidade ou que não tenham sujeira acima do normal.

Para aqueles motoristas que usam o carro em condições severas como off-road ou que nunca fizeram uma assepsia aí ele recorre ao jato. Mas não aplica de qualquer jeito. O primeiro passo é isolar centrais e cabos com saco plástico para impedir o contato com a água e nunca aplica o jato diretamente no motor para evitar arrebentar tudo. Ele ressalta a importância de o motorista ficar atento ao uso de materiais químicos para limpar borrachas porque eles podem ressecar os componentes.

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