Será que a educação brasileira está preparada para receber a informalidade linguística no currículo escolar? O livro Por uma vida melhor, Editora Global, adotado pelo MEC, causou polêmica ao considerar a linguagem informal em muitos dos seus textos. Dizem que é uma forma de “acabar com o preconceito”. Será?
Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília, afirma em seu livro “Preconceito Linguístico” que o indivíduo se comunica quando se faz entender em todos os níveis da sua língua de origem: no meio acadêmico, à mesa de um bar, no interior, na capital, com os mais velhos ou com as novas gerações, na internet, em qualquer lugar.
Importante discussão a do preconceito linguístico, mas existe um limite. Utilizar como referência no ambiente formal é exagero. O Brasil não tem maturidade para isso, então que este livro fique no limiar da polêmica. Caso contrário, "Saca só vc" lendo um "lance" aqui e achar um "bisurdo" todo esse "pobrema" e não poder mover uma "preda" pra "miorar" essa "coza"?
Adauto Júnior – Recife