Vereadora cobra isonomia para heterossexuais, após casamento coletivo homoafetivo

Publicado em 26/05/2015 às 6:35 | Atualizado em 18/06/2015 às 1:38
Leitura:
michelle-collins-580x387 DISCURSO Michele Collins cobrou que prefeitura forneça casamento coletivo e gratuito para heterossexuais, como fez para lembrar o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Foto: Divulgação   O casamento coletivo homoafetivo promovido pela Prefeitura do Recife gerou debate entre vereadores, nesta segunda (25). No PT, Henrique Leite elogiou e Luiz Eustáquio, evangélico, criticou. A missionária Michele Collins (PP) veio falar sobre "isonomia" e cobrar casamento coletivo e gratuito para heterossexuais. Detalhe: a ação afirmativa foi para lembrar o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Luiz Eustáquio disse ser contrário ao casamento homoafetivo e que a sociedade não aprova. "A lei de Deus é superior à lei dos homens", afirmou, em discurso. Logo após seu discurso, o também petista Henrique Leite afirmou que era hipocrisia alguém ser contra a liberdade individual. Pelo contrário, ele adiantou que vai formular voto de aplauso tanto para a prefeitura quanto para o Judiciário pela iniciativa. Quem chamou atenção nessa conversa foi Michele Collins. Utilizando o argumento da isonomia, ela falou que se a prefeitura resolveu realizar um casamento coletivo homoafetivo, gratuito, deveria subsidiar iniciativa similar para heterossexuais. E afirmou que até entraria com um requerimento nesse sentido. Talvez seja interessante observar que a isonomia, ao contrário do que muitos pensam, não é exatamente dar tratamento igualitário a todos. Ensina o constitucionalista Celso Antônio Bandeira de Melo, é tratar de forma desigual os desiguais: por exemplo, é dar gratuidade na Justiça para alguém pobre na forma da lei, em uma ação contra alguém que não é pobre. O objetivo é que, ao final, o resultado seja mais igualitário.   Leia mais: UCHOA É MENTOR DO FRACASSO NA RECRIAÇÃO DA FRENTE LGBT  

Últimas notícias