Senador Fernando Bezerra Coelho. Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado
O governador Paulo Câmara (PSB) recebe nesta segunda (2) as Frentes Parlamentares contra a privatização da Chesf, centrando fogo novamente no ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. É para desgastar o ministro e o pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB). Quarta passada, embora com pouca repercussão local, houve uma audiência pública no Senado a pedido do senador, para o filho ministro falar da privatização da Eletrobras. O pai afinal falou do tema – sem esquecer o protocolar “senhor ministro” ao se dirigir ao filho.
O senador ironizou o discurso do PSB de que vender Chesf e Eletrobras é privatizar o Rio São Francisco. Falou que o setor elétrico tem muito capital privado, em especial o setor eólico: “E ninguém fala que estamos privatizando os ventos”. Depois levantou a bola para seu filho falar sobre a preservação do rio.
O ministro citou a carta dos governadores do Nordeste e a crítica de que privatização vai subir o preço da energia. Mas o foco deles, disse o ministro, não é barrar a privatização e sim querer parte do dinheiro para uma estatal revitalizar o rio. Diz o ministro, é melhor que uma nova Chesf, privada, faça esse serviço. É a ingerência política, ressaltou, que prejudica o rio.
INGERÊNCIA: "SEI COMO FUNCIONA ISSO"
Ministro das Minas e Energia, Fernando Filho (PSB). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
“Sei como funciona isso. Se for uma empresa estatal, se tiver alguém da Bahia, os recursos vão para a Bahia. Se tiver alguém de Pernambuco, os recursos vão para Pernambuco. Quando tiver do Piauí, os recursos vão para o Piauí”, afirmou Fernando Filho (foto), citando a passagem do pai como ministro da Integração.