É verdade que 2021 será um ano de muita dificuldade financeira na gestão pública, como reflexo da crise econômica decorrente da pandemia. Os boletos vão chegar. Na entrevista que deu ao JC no último domingo, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, usou esse argumento para defender o apoio a Mendonça Filho (DEM). De todos os pré-candidatos, o único com experiência no Poder Executivo é o representante do DEM, que foi vice-governador, e depois governador, num período de oito anos. Esse pode ser, aliás, o principal ponto da candidatura de Mendonça. Nenhum dos outros teve qualquer experiência do tipo. Patrícia Domingos é delegada. E os outros acumulam mandatos no Legislativo. A execução de projetos, programas e a gestão do cofre será algo novo para eles. E 2021 não será um ano fácil. A pandemia está deixando um buraco nas contas que vai ser melhor entendido só na próxima gestão. O próximo gestor vai ter dificuldade com o básico, com a manutenção da cidade. Dito isto, é importante ressaltar a situação em que o Recife está. É impressionante que uma capital como a nossa, numa eleição com múltiplas candidaturas, tenha apenas um candidato que já tenha tido qualquer experiência comandando um Executivo. Ao longo dos últimos anos foi muito difícil formar gestores em PE. Esse é um erro que se comete quando um mesmo grupo fica por muitos anos no poder.
Estamos vendo o resultado desse erro.
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