Bolsonaro perde apoio político, perde as redes sociais e tem pouca margem para crescer de novo
Empresas que fazem medição de popularidade em redes sociais detectaram apenas 10% de menções positivas em mais de 1,5 milhão de postagens citando o presidente. Ele perdeu o apoio na internet.
A situação de Bolsonaro é a pior de todo o mandato.
Se olhar só a popularidade, parece igual a 2020, antes do auxílio emergencial. Não é.
Muita coisa aconteceu e a margem de reação é menor.
Um dos principais dados pra explicar o caos bolsonarista é o apoio ao isolamento. Em 2020, o índice nacional de apoio às medidas restritivas era de 68%. Quando o presidente criticava os governadores pelo lockdown, encontrava guarida na mente de 32% da população.
- Empresários fazem Centrão dar ultimato a governo Bolsonaro
- 'Nunca vi impeachment de ministro', diz Mourão sobre Ernesto Araújo
- 'Acelera, ministro', diz Doria a Marcos Pontes sobre as vacinas que são desenvolvidas
- Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo pede demissão após atrito com senadores
Atualmente, o percentual de pessoas que aprovam o isolamento como medida de contenção ao coronavírus chegou a 86%. Os 32% que ouviam Bolsonaro caíram para 14%.
E mais, na última sexta-feira (26), as empresas que fazem medição de popularidade em redes sociais detectaram apenas 10% de menções positivas em mais de 1,5 milhão de postagens citando o presidente. Ele perdeu o apoio na internet.
Há outra diferença em relação a 2020. Apesar de o auxílio emergencial estar para ser pago em abril, novamente, das 68 milhões de família que recebiam R$ 600, 20 milhões ficaram de fora. E os que ainda vão receber, terão valores entre R$ 150 e R$ 375.
Quem está complementando, em alguns locais, são os governadores e prefeitos.
Isso sem falar que, em 2020, o centrão socorreu Bolsonaro. Agora, o centrão é um problema.
Bolsonaro deixou de governar pra só pensar em 2022.
Talvez seja a hora de ele pensar em sobreviver até 2022. A prioridade mudou.