Cena Política

Tasso Jereissati já aparece em pesquisa como a melhor opção para uma terceira via. Falta combinar com o PSDB

O ex-governador e atual senador cearense surge melhor do que Ciro Gomes (PDT) em pesquisa. Seria o "Joe Biden" brasileiro?

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Igor Maciel

Publicado em 22/05/2021 às 9:00
Análise
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A primeira missão de Tasso Jereissati (PSDB) como "artífice do entendimento" para 2022 é tentar unir o próprio partido. Talvez seja o único que ainda pode fazer isso.

Tasso é inteligente e perspicaz mas, principalmente, tem o perfil moderado que se espera e no qual se confia quando o vento já sopra forte durante a tempestade.

Hoje, os tucanos estão divididos em dois grupos. Há o grupo de Aécio Neves que trabalha para inviabilizar o governador de SP, João Doria, colocando o governador do RS, Eduardo Leite, como presidenciável.

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Leite, por sua vez, fica naturalmente inviabilizado porque não consegue entrar em SP, o maior colégio eleitoral do Brasil.

Tasso fica como a solução.

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Alguns têm dito, brincando, que ele é o "Joe Biden brasileiro". Há quem brinque ainda mais, e diga que Biden é um "Tasso americano".

Fato é que a pesquisa Exame/Ideia publicada esta semana coloca o senador cearense em situação muito boa também para a disputa presidencial.

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O instituto inovou na hora de apresentar, aos eleitores, os cenários. Montou diversas possibilidades, sempre contando com Lula(PT), Bolsonaro (sem partido) e um terceiro nome apenas, uma terceira via, entre todas as possibilidades atuais.

É aí que Tasso se destaca.

Alcançando 15% no levantamento, o tucano só teria percentual menor, como terceira via, do que Sergio Moro (18%), que não deve ser candidato. Empata com Luciano Huck e Mandetta (DEM). Sendo que o primeiro não deve disputar e o ex-ministro Mandetta tem sido "vendido" nos bastidores como possível vice do próprio Tasso.

Se alguém pacificar o PSDB, pode acontecer.

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