A "vitória pírrica" de Paulo Câmara e Geraldo Julio no episódio da Transnordestina
O governo Federal não desistiu de desistir. O recado do ministro para Pernambuco foi: "não vamos fazer. Se arranjarem quem faça, tomem bom proveito".
O título da nota que o Governo de Pernambuco tornou pública, ontem, sobre a Transnordestina, "Paulo Câmara recebe a garantia do Ministério da Infraestrutura de que Ramal de Suape será viabilizado", como se fosse uma grande realização. Não é.
Na verdade, é uma "vitória pírrica", com alto custo.
Pirro foi um rei da Macedônia que, ao ser parabenizado por vencer uma guerra na qual perdeu muitos de seus homens, foi sincero: "outra vitória assim e estou acabado".
Na verdade, o que o ministério confirmou foi que está, sim, abandonando o trecho da obra que se encontra no Estado e que, "se PE arranjar quem faça, fique à vontade".
A questão é que isso não é simples, e o PSB tem histórico de problemas em contratos desse tipo.
Os socialistas não são muito bons em dialogar com o setor privado, e isso conta muito na hora de viabilizar uma obra desse tipo.
Não repetir as idas e vindas mal sucedidas e caras no contrato da Arena Pernambuco, por exemplo, precisa ser um mantra para a Transnordestina.
A verdade é que foi melhor do que perder tudo.
Mas, sendo honesto, vitória não foi.