Em "olimpíada de fazer bobagem", até agora, a terceira via brasileira é medalha de ouro. Ajuda Lula e Bolsonaro
A vantagem de João Doria para a convenção do PSDB é um caso clássico dessa habilidade especial do grupo que não consegue quebrar a polarização Bolsonaro x Lula.
Se houvesse uma olimpíada específica para fazer bobagem, em termos de estratégia eleitoral, a chamada terceira via, no Brasil, estaria acumulando medalhas de ouro.
A vantagem de João Doria para a convenção do PSDB é um caso clássico dessa habilidade especial do grupo que não consegue quebrar a polarização Bolsonaro x Lula.
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Doria é uma nota de R$ 1, das que já não é produzida no Brasil há anos. Ou é item de colecionador ou é falsa. Atrai atenção, mas ninguém aceita nem pra comprar chocolate.
É importante ter votos em São Paulo, onde ele é governador. Mas mergulhar no Brasil profundo de camisa polo e cabelo engomado é difícil.
Nesse grupo ainda tem o Podemos, esperando por Sergio Moro como se Dom Sebastião fosse retornar da morte passada e salvar Portugal.
Tem o DEM, que pontua com Henrique Mandetta (DEM) em todas as pesquisas, mas parece não saber o que fazer com ele.
Tem Ciro Gomes (PDT), que aparenta não conhecer ninguém na festa da centro-direita para a qual foi convidado.
O pedetista cearense é o líder desse grupo em pesquisas, mas não é aceito como liderança por ser de esquerda e não consegue unir ninguém. Também não cresce o suficiente nos números para atrair atenções específicas.
Tem ainda o PSD, no qual Gilberto Kassab ensaia lançar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, mas que todo mundo sabe que se trata de um acordo com Lula, exatamente para inviabilizar a terceira via, espalhando votos.
A terceira via tem muita gente. E não tem nada.