Cena Política
O que é o teto de gastos e por que Bolsonaro e Guedes gostam do papel de filho mimado que assumiram
Os defensores da moralidade nos gastos públicos, que reclamavam do PT e elegeram Bolsonaro, agora também defendem que não tem nada demais gastar mais do que se arrecada. Todo mundo fala mal do filho mimado, até poder viver a vida dele e gostar.
Cadastrado por
Igor Maciel
Publicado em 21/10/2021 às 10:50
| Atualizado em 21/10/2021 às 10:56
Análise
X
Notícia
É o fato ou acontecimento de interesse jornalístico. Pode ser uma informação nova ou recente. Também
diz respeito a uma novidade de uma situação já conhecida.
Artigo
Texto predominantemente opinativo. Expressa a visão do autor, mas não necessariamente a opinião do
jornal. Pode ser escrito por jornalistas ou especialistas de áreas diversas.
Investigativa
Reportagem que traz à tona fatos ou episódios desconhecidos, com forte teor de denúncia. Exige
técnicas e recursos específicos.
Content Commerce
Conteúdo editorial que oferece ao leitor ambiente de compras.
Análise
É a interpretação da notícia, levando em consideração informações que vão além dos fatos narrados.
Faz uso de dados, traz desdobramentos e projeções de cenário, assim como contextos passados.
Editorial
Texto analítico que traduz a posição oficial do veículo em relação aos fatos abordados.
Patrocinada
É a matéria institucional, que aborda assunto de interesse da empresa que patrocina a reportagem.
Checagem de fatos
Conteúdo que faz a verificação da veracidade e da autencidade de uma informação ou fato divulgado.
Contexto
É a matéria que traz subsídios, dados históricos e informações relevantes para ajudar a entender um
fato ou notícia.
Especial
Reportagem de fôlego, que aborda, de forma aprofundada, vários aspectos e desdobramentos de um
determinado assunto. Traz dados, estatísticas, contexto histórico, além de histórias de personagens
que são afetados ou têm relação direta com o tema abordado.
Entrevista
Abordagem sobre determinado assunto, em que o tema é apresentado em formato de perguntas e
respostas. Outra forma de publicar a entrevista é por meio de tópicos, com a resposta do
entrevistado reproduzida entre aspas.
Crítica
Texto com análise detalhada e de caráter opinativo a respeito de produtos, serviços e produções
artísticas, nas mais diversas áreas, como literatura, música, cinema e artes visuais.
O cálculo do cada vez mais famoso e menos respeitado "Teto de Gastos", no governo Federal, pode até ser considerado complicado, mas seu objetivo é bem simples e está presente (ou deveria estar) na vida de qualquer pessoa economicamente ativa: não gastar mais do que ganha.
Parece algo de fácil aceitação. Quem gasta mais do que ganha, se endivida e quebra. Mas a lógica do governo, por causa de sua característica política e, principalmente, eleitoral não é a de um pai de família responsável, mas a do filho mimado que gasta o quanto pode porque sempre vai ter alguém para lhe repor o vazio no cofre.
Não é a toa que existe um fenômeno interessante sobre o teto: o único que lhe devotou respeito de 2016 pra cá, em sua criação, foi Michel Temer (MDB), também o único sem perspectiva de reeleição na maior parte de seu mandato e sem chance em eleições futuras.
Bolsonaro, que foi eleito dizendo ser contra a reeleição e defendendo o teto de gastos, hoje tenta ultrapassar o teto para se reeleger.
O ministro Paulo Guedes, um liberal que zombava do Keynesianismo e defendia menor gasto do governo e menor protagonismo estatal, agora fala em "licença para furar o teto". Quer continuar ministro.
>>>Dólar sobe 1,33% com possibilidade de Auxílio Brasil fora do teto de gastos
E, nessa esteira, impressiona que os defensores da moralidade nos gastos públicos, que reclamavam dos gastos irresponsáveis do PT e elegeram Bolsonaro com esse argumento, agora também passaram a defender que não tem nada demais gastar mais do que se arrecada.
Todo mundo fala mal do filho mimado, até poder viver a vida dele e gostar.