Raquel Lyra é pressionada a ir pra estrada em busca de votos. Levantamentos internos do PSDB mostram ela com vantagem
Enquanto Miguel está na estrada, articulando com prefeitos e outros partidos e Anderson Ferreira (PL) já fala abertamente sobre renunciar ao mandato para disputar 2022, a gestora mal fala no assunto.
Se Miguel Coelho (DEM) pretende mostrar força nos municípios fazendo a filiação de prefeitos ao seu novo partido, na migração do MDB, Raquel Lyra (PSDB) também começou a fazer o mesmo.
Na sexta-feira (29) estará presente à filiação de Izaías Regis. O ex-prefeito de Garanhuns teve dois mandatos bem aprovados, mas não conseguiu fazer o sucessor. Ele estava no PTB, junto com o ex-senador Armando Monteiro Neto que ingressou no PSDB este ano.
A prefeita de Caruaru tem sido pressionada a tomar uma decisão pública. Enquanto Miguel está na estrada, articulando com prefeitos e outros partidos e Anderson Ferreira (PL) já fala abertamente sobre renunciar ao mandato para disputar 2022, a gestora mal fala no assunto.
A explicação para o "jogo parado" pode estar em um levantamento que o PSDB tem feito em vários municípios do estado. Em todos, a filha do ex-governador João Lyra Neto (PSDB) lidera a disputa. "Ela tem uma vantagem para administrar nesse momento, pra não correr o risco de queimar a largada. Os outros é que precisam correr", comenta um aliado próximo.
Num dos levantamentos, a que a coluna teve acesso, em Garanhuns, no Agreste, Raquel aparece com grande vantagem, na liderança das intenções de voto, em um cenário com Geraldo Julio (PSB) e Miguel Coelho empatados em segundo, enquanto Anderson Ferreira (PL) vem em terceiro.
Outras pesquisas têm mostrado cenário parecido em municípios do interior.
Raquel e Anderson fizeram um acordo no qual o melhor colocado nas pesquisas seria cabeça de chapa e o outro seria candidato ao Senado.
O prefeito de Jaboatão é essencial para a estratégia de buscar votos na Região Metropolitana. Ferreira tem boa avaliação na cidade que governa e que é o segundo maior colégio eleitoral do estado.
Este, aliás, é um fato que precisa ser considerado e observado. Dos três nomes da oposição, o único que fala publicamente sobre abrir mão da disputa e apoiar outro nome se não estiver bem colocado é Anderson.
Os outros falam em união, mas não fazem declarações práticas nesse sentido.
Uma piada que se tornou frequente nas últimas eleições no estado e na prefeitura do Recife foi que o PSB não ganha eleições, a oposição é que sempre perde.
Se os três postulantes não se unirem, vai acontecer de novo.