Cena Política

Priscila Krause toma a decisão correta ao sair do DEM. Futuro ficou nebuloso com entrada de Miguel Coelho e PSL

Numa eleição, para quem depende de voto qualificado, de opinião, é necessário ter um mínimo de previsibilidade. O União Brasil não oferece isso, por enquanto.

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Igor Maciel

Publicado em 08/11/2021 às 18:35
Análise
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Dentro da possibilidade de PSDB, Cidadania e PV formarem uma federação, como se fosse uma coligação, faz total sentido a saída de Priscila Krause do DEM.

Priscila depende de voto qualificado, de opinião. O custo financeiro de uma campanha da deputada estadual sempre vai ser mais baixo do que o de candidatos que dependem totalmente do fundo eleitoral para garantir resultados.

O DEM era um ambiente seguro para ela, com bom controle sobre a formação das chapas, para que não houvesse prejuízo.

Esse ambiente seguro fica nebuloso com a entrada de Miguel Coelho (DEM) no partido. Miguel tem um grupo grande, traz com ele prefeitos e ex-prefeitos, cada um dos que chega tem seus candidatos e seus métodos para conseguir votos.

Pra completar, a fusão com o PSL deixa tudo ainda mais confuso. Como serão formadas as chapas para a eleição? Ninguém sabe explicar ainda.

O dinheiro é parte essencial desse cálculo. Priscila, que construiu seu eleitorado sob o voto de opinião, mesmo que tivesse muito mais verba, alcançaria resultado?

Ela é muito próxima de Raquel Lyra (PSDB) e terá um ambiente mais seguro e confiável para buscar a reeleição.

Para o PSDB, provável destino de Priscila, também será muito bom ter uma representante tão identificada com o Recife no palanque de 2022.

É claro que é uma mudança dura, já que ela passou tantos anos no mesmo partido.

Mas, às vezes é necessário.

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