E se Sergio Moro ajudar a eleger Lula? No tabuleiro da eleição, isso pode acontecer

O físico Isaac Newton tinha personalidade infantil. Já com mais de 20 anos, carregava um caderno com uma lista de pecados "pesadíssimos" como "ser impertinente com a mãe" e "comer cereja em dia santo".

Certa vez, enfiou uma agulha no próprio olho, tentando comprovar uma teoria.

Outra curiosidade é que o cientista trabalhava como garçom pra se sustentar enquanto estudava.

Mas, Newton era um gênio que, entre outras coisas, formulou a lei de ação e reação. Algumas reações são inesperadas. Por exemplo, a entrada de Sergio Moro (Podemos) pode ajudar a eleger Lula (PT) em 2022.

Sergio Moro é uma ameaça consistente ao centrão. Ele tem potencial eleitoral para ameaçar a ida de Bolsonaro ao 2º turno e, assim, correria o risco de virar presidente da República.

O centrão, capitaneado por figuras como Arthur Lira (PP) e Valdemar Costa Neto (PL), que até já foi preso, precisaria reagir para evitar que Moro alcançasse a vitória.

O movimento natural seria abandonar um decadente Bolsonaro e tentar fazer com que o Lula vença a disputa logo no 1º turno.

O centrão é pragmático.

Bolsonaro é manipulável e faz o jogo do Congresso.

Lula não é tão manipulável, mas também faz o jogo do Congresso.

Já Sergio Moro (Podemos) representa a antipolítica. Se o ex-juiz começar a subir nas pesquisas e ultrapassar Bolsonaro, esse é um risco que o centrão não corre.

Vão optar por Lula.

De brincadeira, é possível dizer que Sergio Moro corre o risco de ser comparado com Newton, não por ser gênio, mas por "descobrir" a lei de ação e reação... além de servir como garçom.