Cena Política

Primeiros colocados na eleição para deputado em Pernambuco devem ser primos de novo, das mesmas famílias

Mas a ordem entre os Campos e os Arraes pode se alterar e Marília levaria vantagem.

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Igor Maciel

Publicado em 20/05/2022 às 16:43
Análise
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Se um resumo de duas eleições proporcionais fosse ser contado em Pernambuco, juntando 2018 e 2022, já poderia ser escrito e seria assim: dois primos nas primeiras colocações, com votações desproporcionais pela necessidade de demarcar território familiar.

Se pode haver alguma diferença entre João Campos (PSB)/Marília Arraes (SD) de 2018 e Pedro Campos (PSB)/Maria Arraes (SD) de 2022 será a ordem.

Em conversa com a coluna, um observador influente da política acredita que o contexto pode fazer os Arraes terem mais votos do que os Campos. Faz todo sentido, já que Marília tem menos compromissos com aliados do que o PSB, que precisou prometer votos para a reeleição de deputados em outros partidos.

Em 2018, João teve 460 mil votos porque precisava mostrar força para ser candidato a prefeito do Recife. Pedro, se tiver mais de 400 mil votos, igual ao irmão, ninguém mais nos partidos aliados conseguiria se eleger. Terá que ser humilde.

Já Marília, que teve 193 mil votos na eleição anterior, já contava com uma expectativa de 250 mil votos para 2022, que devem ir para a irmã.

Importante dizer: não há nenhum problema em pertencer a uma família política e tornar-se político. Mas, tem uma pergunta essencial que precisa ser feita sempre sobre cada herdeiro político em atividade eleitoral: se Pedro não fosse Campos e Maria não fosse Arraes, eles teriam essa votação?

A resposta diz muito sobre Pernambuco.

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