Cena Política

Miguel Coelho ficou com a força reunida em Petrolina, mas deixou espaços abertos no resto do Sertão

Marília Arraes (SD) e Danilo Cabral (PSB) são os candidatos que aproveitaram melhor esse espaço que o sertanejo não ocupou.

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Igor Maciel

Publicado em 21/09/2022 às 15:36
Análise
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Quando se vai à miudeza das pesquisas, além dos números principais, algumas evidências ficam mais claras. Uma delas é que Miguel Coelho (UB) é, realmente, muito forte em Petrolina. Muito forte, mas só em Petrolina e em parte do Sertão do São Francisco.

No Sertão do Araripe, Pajeú, Moxotó, a vantagem não se sustenta. Marília Arraes (SD) e Danilo Cabral estão mais fortes nessa região.

Por Petrolina ser uma cidade muito grande, quando o nome é colocado numa pesquisa geral, em todo o Sertão, Miguel ainda se destaca. Mas os flancos ficaram abertos.

Recentemente, numa conversa com um candidato a uma cadeira no Legislativo, que é de Petrolina, houve esse alerta: “Saindo de Petrolina, a influência dos Coelho é bem limitada”.

E o motivo é curioso. Diz ele que Petrolina tornou-se um oásis nos últimos anos, ficou como uma vitrine da administração do ex-prefeito, baseada na quantidade de verbas que saíram da União através do governo Bolsonaro (PL) e, antes, do governo de Michel Temer (MDB).

Entre 2016 e 2018, o irmão de Miguel, Fernando Filho (UB), foi ministro de Temer. Depois, o pai, Fernando Bezerra (MDB), foi líder de Bolsonaro.

Nesse período, segundo lideranças da região, Petrolina foi muito beneficiada e o trabalho realizado foi muito importante, mas não ultrapassou os limites da cidade para o resto do Sertão. O que se esperava era que o sertanejo ignorasse isso e apostasse na vitória de um conterrâneo, apoiando Miguel.

O que não está acontecendo, por enquanto.

Agregador de pesquisas JC

Confira abaixo os números do agregador de pesquisas do JC com a Oddspointer:


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