A criação de um grupo de trabalho no Governo de Pernambuco com o objetivo de planejar o estado para o futuro recebeu questionamentos severos da equipe de transição liderada pela vice-governadora eleita Priscila Krause (Cidadania).
A iniciativa de formar o GT foi da secretaria comandada pelo ex-prefeito do Recife Geraldo Julio, que desde o dia 1º de janeiro de 2021 ocupa a pasta. Foram quase 23 meses como secretário, até agora, e Geraldo resolveu pensar o futuro de Pernambuco com a formação de um grupo de trabalho faltando pouco mais de 40 dias para o governo acabar? Se for isso, o questionamento da equipe de transição foi extremamente técnico, mas estaria justificado caso o texto fosse encerrado com uma pergunta simples e direta: “É alguma piada?”.
A secretaria explicou, após ser questionada, que o grupo já existe desde 2019 e que se tratava apenas de “uma atualização do quadro”. Para completar a estranheza, mesmo, explicando, a pasta decidiu cancelar a nova formação do grupo para evitar a polêmica e, talvez, a piada.
Porque é difícil explicar, sem fazer rir, como um grupo que existia desde 2019 e ninguém ouvia falar nele, até pelos resultados pífios do estado nesse setor, iria fazer algo em 40 dias que justificasse sua formação.
Nota importante: na vida é preciso saber separar a diversão do diversionismo.
São termos diferentes sobre atitudes diferentes. É até melhor acreditar que foi uma piada.
Impressões
Raquel Lyra (PSDB) está em alta. A governadora eleita de Pernambuco foi a entrevistada do Conexão Roberto D’Avila, na GloboNews, na terça-feira (22).
Ela também está em notícias de bastidores da equipe de transição do governo Lula (PT). Segundo o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o presidente eleito tem dito a quem lhe pergunta que “só tem ouvido boas referências” sobre a próxima gestora do estado.
A coluna Cena Política já tinha lembrado aqui a boa relação entre o petista e a família de Raquel. Tio da governadora, Fernando Lyra foi um aliado de Lula nacionalmente e chegou a ocupar cargos na primeira gestão lulista.
Quando terminou o primeiro turno em Pernambuco, o então candidato chegou a ligar para o pai de Raquel, o ex-governador João Lyra (PSDB), para se solidarizar com a morte do marido dela e aproveitou para conversar sobre o futuro.
Ali, firmaram um “pré-acordo de não agressão”, em momento oportuno também confirmado por ela. Ela não pediria votos para ele, mas também não pediria para Bolsonaro e ele evitaria atacá-la. É por isso que, na visita que fez ao Recife no segundo turno, para apoiar Marília Arraes (SD), Lula declarou não poder falar mal sobre Raquel Lyra, porque “não a conhecia”.
Quando venceu a disputa pela prefeitura do Recife, João Campos (PSB) também participou de entrevistas nacionais e foi apontado como uma figura promissora na política nacional. Ficou nisso.
A dificuldade herdada da gestão de seu aliado, o ex-prefeito Geraldo Julio (PSB), atrapalhou por um lado e as constantes ausências da cidade para tratar de assuntos que não são da cidade acabaram atrapalhando.
Raquel precisa observar o exemplo e conduzir bem sua imagem pessoal e a do governo, para não fazer igual ao filho de Eduardo Campos.
Mendonça na Europa
O ex-ministro e deputado federal eleito, Mendonça Filho, participa de 24 a 26 de novembro, na Universidade de Oxford, Inglaterra, de conferência promovida pela Fundação Lemann.
Realizado na Escola de Governo Blavatnik, o evento vai debater sobre o investimento em capital humano a partir de experiências inspiradoras internacionais e estudos de caso.
Participam governadores, prefeitos, ex-ministros e parlamentares. Mendonça já foi consultor da Fundação Lemann para a área de Educação.
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