Opinião

Manifestação de domingo dá pesadelos em Maia

Para Rodrigo Maia, são injustas as críticas que tem recebido de bolsonaristas

JC
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Publicado em 12/03/2020 às 6:35 | Atualizado em 12/03/2020 às 7:18
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados - FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Rodrigo Maia recebeu deputados na residência oficial, nesta quarta (11), para falar mal da manifestação de domingo (15) e, claro, do presidente Jair Bolsonaro. Ele não convive bem com a crítica e teme a virulência das ruas. Parlamentares do Rio de Janeiro, dizem que o vaidoso presidente da Câmara tem pesadelos sobre sua caracterização em bonecos infláveis em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. A torcida alvinegra espera que eventuais bonecos de Maia não apareçam vestidos com a camisa do Botafogo, o Glorioso. Especialista em agradar plateias para fazer pose de rei da sensatez, Maia acha que são injustas as críticas dos bolsonaristas. Rodrigo Maia ganhou apelido de “Coronavírus” pela desenvoltura de procurar apenas os inimigos para cumprimentar, terça (10), no plenário.

Contra fechar o Congresso

Assunto recorrente para setores mais conservadores, o fechamento do Congresso é ideia rejeitada pela maioria dos brasileiros. Levantamento do Paraná Pesquisa para o site Diário do Poder e esta coluna mostra que 51,2% são contrários à medida e 43,2% favoráveis ao fim da atuação de deputados federais e senadores. Não responderam 5,6% dos entrevistados. Não há recorte da pesquisa onde uma parcela da população é mais favorável do que desfavorável à medida de força. Apenas entre eleitores de 45 a 59, que são 24,8% dos pesquisados, há empate: 47% favoráveis e contrários a fechar o Congresso. Entre os que têm formação de ensino superior, 60,7% são contra fechar o Congresso e 34% a favor. É a maior margem de diferença. Entre entrevistados que têm apenas ensino fundamental completo, 47,6% são contrários ao fechamento e 45,5% a favor. O Paraná Pesquisa ouviu 2.010 pessoas em 162 municípios dos 26 estados e DF, entre 5 e 9 de março. A margem de erro é de 2%.

Senado 1

A CCJ do Senado repetirá o erro da reforma da Previdência: Estados e Municípios devem ficar fora da PEC Emergencial. Presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS) alega “ano eleitoral” e outras razões políticas.

Senado 2

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ordenou quarentena de 14 dias para servidores que estiverem voltando do exterior. Rodrigo Maia, que passeou por França e Espanha dias atrás, terá acesso garantido.

Umbigo

Impressiona, no noticiário sobre o sobre o coronavírus, a queixa dos que tiveram de desistir de suas viagens ou suas reservas e voos foram cancelados. Enquanto o vírus mata, o que importa é o próprio umbigo.

Servidores

No Paraná, servidor público já está desobrigado desde terça (10) do desconto em folha da “contribuição sindical”. Apenas um terço dos quase 100 mil servidores, renovou a autorização do desconto.

Frase

“Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana”, diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, após o anúncio da pandemia coronavírus.

PEC Devagar

Não há perigo de este País dar certo: mais interessados na próxima eleição do que na próximas gerações, os integrantes da CCJ do Senado começaram a dilacerar a chamada 'PEC Emergencial', que os especialistas consideram de aprovação mais importante e urgente.

Transmissão

O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clóvis Arns da Cunha, explicou que pandemia é risco de “transmissão comunitária” do coronavírus, sem origem identificada. Para ele, se isso ocorrer no Brasil, apenas grandes cidades tipo Rio e São Paulo correm riscos.

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