A Era Toffoli no Supremo

Publicado em 03/08/2020 às 6:00
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Verdadeiro mestre no relacionamento, acessível e simpaticão, apesar do discurso frequente em defesa dos direitos do cidadão, Antonio Dias Toffoli caminha para o fim da sua presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de setembro, com um triste "carimbo": foi o período que tornou letra morta a frase da ministra Cármen Lúcia, então presidente da Corte, quando afirmou que "o cala boca já morreu". No STF que impôs censura e limitou liberdade de expressão, Toffoli rebatizou o censor. Para ele, o STF "edita" o que deve ser divulgado. Toffoli pediu ao "xerife" Alexandre de Moraes, em 2018, para censurar os sites Crusoé e Antagonista, incomodado com acusações contra ele. Há 18 meses o "xerife" proíbe a Rede Tiradentes (rádio, TV e site), de Manaus, de noticiar acusações da Lava Jato o senador Eduardo Braga. A última, que põe o STF no anedotário mundial, é a ordem para Twitter e Facebook suprimirem a liberdade de expressão de doze pessoas.

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