OPINIÃO

PSDB e PT saem encolhidos das eleições de 2020

Leia a opinião de Cláudio Humberto

JC
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JC
Publicado em 17/11/2020 às 7:04 | Atualizado em 17/11/2020 às 7:04
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Levantamento do site Diário do Poder mostra que, em Minas Gerais, o PT perdeu em 33 dos 42 municípios onde havia vencido em 2016 - FOTO: Foto: Reprodução

Gigantes que encolhem

PSDB e PT, que já foram considerados gigantes, saem encolhidos das eleições de 2020. Há quatro anos, o PT conquistou 254 municípios já no primeiro turno, este ano despencou para 179, queda de mais de 30%. Já o PSDB perdeu 35% dos 785 prefeitos que elegeu há quatro anos. É o maior número absoluto de derrotas entre as grandes agremiações: 273. Mas o PSB foi o maior derrotado entre os partidos com mais de 200 prefeitos: caiu de 403 prefeituras para 250, uma redução de quase 38%.

Levantamento do site Diário do Poder mostra que, em Minas Gerais, o PT perdeu em 33 dos 42 municípios onde havia vencido em 2016. O MDB teve um desempenho proporcional melhor que PT e PSDB, mas perdeu 25% de suas prefeituras: 261 das 1.035 que conquistou em 2016.

Outros partidos menores tiveram perdas mais significativas, como o PCdoB, que ficou sem metade das prefeituras: elegeu só 46. O pequeno Partido Trabalhista Cristão (PTC) elegeu 16 prefeitos no primeiro turno de 2016. Em 2020, apenas um. É a pior queda: 94%.

Fiasco amplo

O fiasco do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não se limitou à demora vexatória na divulgação de resultados. No domingo (15), o app E-Título não funcionou. Além disso, não há o site tão ruim quanto o do TSE.

Lula 'tóxico', problema para Boulos

O apoio do ex-presidente e presidiário Lula, antes ambicionado, virou "tóxico". O candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, que até imitava o jeito de falar de Lula, agora é bem menos enfático nas referências político condenado por corrupção. Indagado pela Rádio Bandeirantes, nesta segunda (16), sobre o apoio do petista, Boulos tentou desconversar: "Eu espero o apoio de todas as lideranças que entendam que São Paulo precisa superar a desigualdade..." etc.

Em sua resposta, Boulos não destacou o petista, insistiu apenas que espera apoio de todos contra o PSDB, "inclusive do ex-presidente Lula". No segundo turno, Boulos tentará ampliar suas alianças e atrair o apoio inclusive de eleitores que têm desprezo por Lula, daí sua hesitação.

A estratégia do candidato do PSOL é repetir o mantra "Bruno Covas é Doria", e teme um troco dos tucanos lembrando que "Boulos é Lula".

Lava a alma

A eleição em Simões Filho (BA) lavou a alma do presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, xingado e até ameaçado ao apontar a derrota Eduardo Alencar, irmão do senador Otto Alencar (PSD), que ficou possesso. Mas a pesquisa acertou: deu Dinha (MDB), eleito com 53,1%.

Apoiou, venceu

Em Maceió, o fiel da balança será Davi Filho, candidato que chegou em terceiro, com 25,5% dos votos, e o PP do deputado Arthur Lira. Estão no segundo turno Alfredo Gaspar (MDB) e JHC (PSB): somaram 28% cada.

Governo é outro

Rodrigo Maia continua com seu complexo de "primeiro-ministro". Nesta segunda (16), ele voltou a criticar os projetos que o Planalto considera prioritários. Ele sugeriu que, por discordância (ou implicância), vai barrar.

Litígio 

A Warde Advogados confirmou haver contratado parecer do ex-ministro Sergio Moro, a pedido do empresário israelense Benjamin Steinmetz, mas é sobre um litígio transnacional, que se estabelece prioritariamente em Londres. Sem qualquer relação com a JBS.

30, 29, 28, 27...

Faltam 30 dias para acabar, de fato, as presidências de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre na Câmara e no Senado. O recesso começa em 17 de dezembro e acaba em 1º de fevereiro, com a eleição dos sucessores.

Frase

"Não há risco de fraude no sistema eleitoral brasileiro", ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, encerrando a tola polêmica.

 

 

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