Opinião

PT perde espaço nas eleições e arremata apenas 179 governos municipais

Leia a opinião de Cláudio Humberto

Cláudio Humberto
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Cláudio Humberto
Publicado em 18/11/2020 às 6:55 | Atualizado em 18/11/2020 às 6:55
Partidos dos Trabalhadores
Site do Partido dos Trabalhadores (PT) foi alvo de ataque hacker na madrugada deste domingo (29). - FOTO: Partidos dos Trabalhadores

PT perde espaço nas eleições

Em 2016, o PT conseguiu conquistar 256 prefeituras de todo o País, mas este ano esse número despencou. Dentre os 256 municípios que eram governados pelo PT, 165 (65%) rejeitaram o retorno do partido de Lula ao governo municipal. Além dos municípios que já governava, o PT venceu em apenas outros 88 municípios. Total: 179 governos municipais, uma queda de 30% em relação a 2016 e de 72% em relação a 2012. Entre os 65 prefeitos petistas reeleitos em 2016, no final do segundo mandato em 2020, apenas 21 conseguiram eleger um sucessor do PT. No Rio Grande do Sul, o PT conseguiu conquistar 39 prefeituras em 2016. Este ano, apenas 8 dessas prefeituras elegeu um prefeito petista. No estado de São Paulo, apenas o ex-ministro Edinho Silva conseguiu ser petista e reeleito prefeito de Araraquara. O PT perdeu 7 municípios.

O eleitor de Boulos

Em São Paulo, a maioria dos eleitores do candidato a prefeito Guilherme Boulos (Psol) reside em bairros de classe média alta, onde ele próprio viveu a maior parte de sua vida, ou bairros de elite como os Jardins, e, portanto, são brancos, ricos e têm escolaridade de nível superior, conforme mostram os mapas de votação de domingo (15). Isso foi reafirmado na primeira pesquisa para o segundo turno, divulgada ontem. O presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, confirmou o perfil elitista do eleitorado de Boulos. De acordo com o levantamento, Bruno Covas (PSDB) teria hoje 50,3% (ou 61,5% dos votos válidos) contra 31,5% (38,5% dos válidos).

A pesquisa mostrou também que o povão pretende votar em Covas: 55% dos eleitores analfabetos ou com ensino fundamental preferem o tucano. Covas também tem a maioria de eleitores com ensino superior completo, mas o percentual cai para 44,9%. Boulos soma 35%.

O levantamento do Paraná Pesquisas foi realizado nos dias 16 e 17 deste mês e registrado no TSE sob o n.º SP-09859/2020.

Promessa

Já passou da hora de o governo fazer o que o presidente Bolsonaro prometeu durante a cúpula virtual do Brics: revelar os países que fazem campanha contra o Brasil, em razão da Amazônia, e por debaixo dos panos financiam madeireiros comprando madeira extraída ilegalmente.

Bora trabalhar

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), desfez uma das lorotas de Rodrigo Maia para justificar a paralisia da Câmara desde setembro: o líder Arthur Lira (PP-AL) avisou que o "centrão" está pronto para votar de segunda a sexta, e zerar tudo o que está pendente.

Na brocha

A turma da área de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral deixou o ministro Luis Roberto Barroso "pendurado na broxa". Não apareceu um só deles para assumir os "esclarecimentos" que nada esclareciam.

É só querer

A previsão do Planalto é que as reformas Tributária e Administrativa sejam votadas ainda este ano. E admite que até o Orçamento de 2021, que é consensual, venha a ser votado direto no plenário.

Frase

"As reformas virão logo após as eleições", opinou o Deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo, sobre as reformas Administrativa e Tributária.

Fumaça boa

Rodrigo Maia chamou de "cortina de fumaça" projetos que o governo fixou como prioritários. Ou sejam, independência ao Banco Central, renegociação das dívidas dos estados, Casa Verde Amarela...

Não regulou 

Segundo o senador Lucas Barreto (PSD), que é do Amapá, "se a Aneel tivesse exercido o seu papel, além de regular tarifas, não estaríamos passando por isso [o apagão em todo o estado] agora".

 

 

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